Reencontro entre Nacional e FC Arouca. Reencontro entre a Madeira e Henrique Araújo. Os arouquenses celebraram uma vitória por 1-2 e acabou por parecer um remake da primeira volta, com o filho da ilha a dar (outra vez) os três pontos aos lobos. Já vimos este filme.
Com poucas alterações nos onzes escolhidos por Tiago Margarido e Vasco Seabra, o jogo começou frenético na Madeira. Muitas ocasiões de golo, dois concretizados, um anulado. Com o passar do tempo, os insulares tentaram correr atrás do prejuízo, mas foi difícil dar uma resposta certeira.
Muito drama ao início
Se, em Arouca, a trama demorou para desenrolar... Não podemos dizer o mesmo do reencontro na Choupana.
Em três minutos, um golo já havia sido invalidado por posição irregular de Dudu. Em cinco minutos, já Pablo Gozálbez fazia golo, após uma grande sequência de receção, rotação e remate. Muito drama para pouco tempo e, mesmo assim, não ficou por aí.
Em nove minutos, Henrique Araújo ameaçou e rematou à trave. O bom filho a casa tornou para fazer autênticos estragos, à semelhança do que aconteceu na terceira jornada, ainda no quente mês de agosto.
Quase ao mesmo minuto da primeira vez que marcou ao Nacional esta temporada, o avançado madeirense voltou a fazê-lo, após converter uma grande penalidade que o próprio sofreu, após falta de Zé Vítor.
A partir desse momento, houve uma reação instantânea da turma de Tiago Margarido que seguiu em busca do golo até ao intervalo e acabou mesmo por surgir por intermédio de Ulisses, que esteve queixoso do ombro desde os minutos iniciais do encontro.
De suster a respiração
A segunda parte tornou-se numa sequela onde o Nacional apenas procurava o golo e onde o FC Arouca se destaca no trabalho defensivo - trabalho esse que viria a complicar em demasia após a expulsão de Boris Popovic. O central estava a fazer uma boa exibição, mas rapidamente a desconstruiu após uma falta grosseira.
A toada do jogo era clara e assim permaneceu até final. Os insulares rondavam de forma constante a área protegida pelos lobos e por Nico Mantl. O guarda-redes alemão foi tendo algum trabalho, ainda que sem defesas de nível exigente.
Dudu foi uma dor de cabeça, Luís Esteves idem aspas, mas a eficácia não estava nos seus dias para o Nacional frente a um conjunto arouquense bem alinhado na defesa, mesmo reduzido a dez elementos.
Assim foi até aos créditos finais. O Nacional fez de tudo, mas a derrota foi imposta por um FC Arouca que não perde há cinco jogos consecutivos - a melhor série da temporada.