Na reunião magna dos liberais, em Loures, mantém-se a estratégia de ataque cerrado ao PSD e ao Governo. Após o presidente e vice-presidente juntou-se João Cotrim de Figueiredo este sábado nas duras críticas aos sociais-democratas e ao Executivo da AD, assinalando as diferenças face à Iniciativa Liberal (IL).

“O PSD está numa apatia geral, apos nove meses de governação não sabe muito bem para onde se virar, nem o que fazer”, atirou o eurodeputado e ex-líder da IL, realçando que o OE2025 é igual a um Orçamento socialista e “não tem melhores resultados” do que o PS.

E deu como exemplos a falta de resposta para a crise na Habitação, com o Governo a não atacar o problema do lado da oferta, e alteração à Lei dos Solos, onde o Executivo de Luís Montenegro se meteu numa “trapalhada” que levou à demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias. “O PSD deixou de ser reformista, tenta remediar isto [problemas] com pensos rápidos”, insistiu.

Apontando “coerência” à IL, Cotrim defendeu que foi o “único” partido a apresentar medidas estruturais em áreas como a Saúde ou a Segurança Social e pediu à próxima direção para continuar a ser "coerente" e "lúcida" nas suas posições. E não hesitou em picar também o candidato presidencial, Luís Marques Mendes, afirmando que acordou tarde para a ideia de "crescimento" nos seus comentários na SIC.

Olhando para a esquerda, acusou o PS de estar perdido nas suas posições, tendo um “líder novo”, mas estando “cada vez mais velho”, e o Bloco de com a sua "hipocrisia" cair do cavalo da sua “superioridade moral”, referindo-se a polémica do despedimento de funcionários. "Já o Chega é contra tachos e não votou contra a desagregação de freguesias e ainda teve lata para dizer ao PR para vetar. Foi dizer ao paizinho, às vezes dá jeito", carregou.

"Havia uma mala grande de exemplos de hipocrisia, mas alguém a roubou", ironizou ainda, sob os risos dos membros, falando na polémica do ex-deputado do Chega, Miguel Arruda.