Fernando Madureira pode deixar a cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto, onde se encontra em prisão preventiva, durante o dia de hoje.

O advogado de Macaco, principal arguido do julgamento da Operação Pretoriano, cuja 13.ª sessão decorreu ontem no Tribunal de São João Novo, pediu ao tribunal a libertação imediata do seu cliente, uma vez que "a prova da acusação pública já está produzida", o que "atenua as exigências cautelares" e pode levar a que estas sejam substituídas por outras, que "acarretem liberdade, com contacto com a mulher, mas proibição de contacto com outros arguidos e apresentações periódicas".

Em suma, a defesa pediu a revisão das medidas de coação, o que, a acontecer, pode levar à libertação imediata de Fernando Madureira. "Esta medida de coação revela-se desajustada e desnecessária. Desde que esteve em vigor, a colaboração e o comportamento jamais se revelaram um problema para o tribunal. A liberdade de Fernando Madureira não constitui perigo", argumentou ontem Miguel Marques de Oliveira.

No final da sessão, a presidente do coletivo de juízes anunciou uma decisão, através de despacho, até ao final do dia de ontem, mas a mesma não foi conhecida e Macaco manteve-se em prisão preventiva. A expectativa é que o requerimento conheça hoje o seu desfecho.

De notar que a defesa de Vítor Catão também avançou com um requerimento para a revisão das medidas de coação ao seu cliente, que, como se sabe, encontra-se em prisão domiciliária.