
O FC Porto sagrou-se bicampeão nacional de hóquei em patins ao vencer o OC Barcelos, por 3-2, no quarto jogo da final do campeonato, no pavilhão municipal da cidade minhota. Num jogo em que estiveram sempre em vantagem, os dragões somaram o terceiro triunfo (3-1) e conquistaram o 26.º título nacional do historial do clube.
Aos quatro minutos, a primeira situação flagrante de golos do jogo, para os dragões, em lance de dois contra um no ataque, todavia desperdiçada. À segunda, o FC Porto marcou, em jogada semelhante. Elemento mais recuado do Barcelos, Luís Querido tentou um remate de longe, desequilibrou-se e perdeu a bola para Rafa, que arrancou para o contra-ataque com Gonçalo Alves em dois contra zero, terminado com passe para golo do capitão.
Apanhado em contrapé, o Barcelos tentou reagir rapidamente à desvantagem, mas o FC Porto fechou-se bem e jogava sobre o erro contrário, saindo amiúde em rápidos contra-ataques. E foi mesmo no seguimento de outro lapso dos anfitriões, aos 14 minutos, que os portistas dilataram a vantagem, por Carlo di Benedetto, rápido a conduzir a bola e forte a desferir o remate, cruzado, a bater o desamparado guarda-redes Conti Acevedo.
Os galos não encontravam espaço para perigar a baliza de Xavi Malián e numa rara oportunidade de visar o alvo, Pol Manrubia disparou duas vezes, mas em ambas o guardião dos dragões impôs-se. Os visitantes não se inquietaram e dispuseram mais uma oportunidade do FC Porto, ainda em contra-golpe, mas Rafa não teve a eficácia dos seus companheiros de equipa perante a oposição de Conti Acevedo.
E quando o FC Porto impunha o desempenho consistente que evidenciara em praticamente toda a primeira parte, a 55 segundos do intervalo o Barcelos reduziu a desvantagem para 1-2. Num dos escassos erros dos dragões, mas grave, Miguel Rocha desarmou Rafa em zona proibitiva para os portistas e... armou o stique para marcar golo fácil na cara de Malián.
FC Porto reiniciou a partida como se exibiu durante toda a primeira parte: bem fechado no seu meio rinque. E voltou a ter sucesso na estratégia. Seis minutos após o regresso do descanso, os dragões recolocaram o seu avanço em dois golos (3-1) com bis de Gonçalo Alves em remate rasteiro.
No entanto, esta situação privilegiada dos portistas durou muito pouco. O relançamento do Barcelos na discussão da partida (e do título) veio do banco, pelo suplente Pedro Silva, que recolocou a sua equipa à distância mínima (2-3).
De santo a pecador num minuto, Pedro Silva cometeu falta para cartão azul e respetivo livre direto, mas que Gonçalo Alves desperdiçou, enjeitando a oportunidade para fazer hat trick.
Com a entrada nos derradeiros dez minutos, a necessitar, pelo menos, do empate, o Barcelos aumentou a pressão, mas o FC Porto continuou a fechar-se quase sempre bem e consentir raras chances de golos.
A 7.30 minutos da buzina final, a 10.ª falta do FC Porto permitiu aos minhotos disporem de livre direto, mas o especialista Luís Querido, à imagem do seu congénere portista Gonçalo Alves, também não conseguiu marcar. E apesar da insistência dos galos na reta final à procura do golo salvador, o marcador manteve-se inalterado e o título foi para o Dragão.