Fábio Pereira, treinador do Vizela, retirou algumas ilações positivas depois de a sua equipa ter falhado a subida à Liga Betclic, caindo no playoff aos pés do AVS SAD.

"O futebol é pródigo em resultados que, por vezes, não são os mais justos. Quem está neste fenómeno tem de aceitar quando os erros acontecem contra si e, infelizmente, nos dois jogos esses erros custaram-nos caro. Hoje, mais uma vez, penso que fomos uma equipa personalizada, a procurar encontrar os espaços certos para criar situações e aproximações perigosas à baliza adversária. Conseguimos chegar ao empate e, num lance completamente fortuito, acabámos por consentir o segundo golo. Voltámos a tentar pegar no jogo, voltámos a tentar acreditar e a aproximar-nos. Em primeiro lugar, sinto uma grande gratidão. Muito grato pela forma como as pessoas de Vizela me trataram desde o primeiro dia. Fui sempre muito acarinhado e tentei retribuir dando o meu melhor todos os dias, desde que cá cheguei em dezembro. Se, naquela altura, disséssemos a alguém que íamos chegar ao play-off, ninguém acreditaria. Estávamos na 15.ª jornada, a 16 pontos dos primeiros lugares. Mas a verdade é que nós acreditámos muito, lá dentro, no balneário. O futebol é mesmo assim. Há que trabalhar mais ainda e tentar que esta onda criada com os adeptos se mantenha na próxima época desde o início, para que o Vizela possa regressar rapidamente à I Liga. Em relação à próxima época, o meu contrato termina a 30 de junho e, até agora, ainda não se falou de nada", analisou o técnico após o empate (2-2) de hoje com os avenses, que se seguiu à derrota (3-0) na primeira mão.

"O sentimento, obviamente, é de tristeza porque não atingimos o objetivo principal. Mas também é de grande orgulho. Na minha opinião - e se calhar sou suspeito, mas acho que não sou o único a pensar assim -, a equipa que jogou melhor futebol na Segunda Liga este ano, infelizmente, não subiu à I Liga", acrescentou.