Sem surpresa, Marc Márquez foi o mais veloz de sexta-feira no GP da Argentina de MotoGP – liderando as duas sessões do dia. No Treino, fez inclusive uma nova volta recorde em Termas de Río Hondo (1m37,295s), batendo um recorde seu que já tinha 11 anos.

O espanhol da Ducati explicou que houve mais trabalho a fazer do que na Tailândia: ‘Todos estavam à espera, mas eu fui quase cauteloso, porque eu sabia que teríamos trabalho extra. E como eu esperava, devido ao facto de termos pilotado aqui pela primeira vez com a Ducati, eu não tinha uma afinação de base para o meu estilo de pilotagem – sou um pouco especial no travão motor’.

Segundo Márquez, houve um progresso na sua consistência entre as duas sessões do dia: ‘O pessoal da eletrónica trabalhou bastante arduamente desde o FP1 até ao Treino, porque no FP1 eu fui veloz, mas não consistente – porque foi difícil prever como é que a moto iria reagir. E no Treino eu fui mais consistente’.

Agora, o oito vezes campeão do mundo vê chances de progredir, enquanto está também ciente que será fulcral adaptar-se bem às condições: ‘Amanhã podemos dar outro passo aí, porque ainda acredito que, para o meu estilo de pilotagem, precisamos de mudar alguns parâmetros. Mas o ponto chave do fim de semana será adaptar às condições. Haverá mais borracha em pista de cada vez e será cada vez mais veloz’.

Apesar de não terem existido testes na Argentina, Márquez começou outra vez em bom plano sem modificar consideravelmente a sua moto: ‘É claro que cada circuito é diferente, e quando não esperas, o dia em que irás ter dificuldades chegará. Mas aí, é quando precisamos de entender como sofrer. Mas, de momento, começamos outra vez exatamente com a mesma afinação da Tailândia e está a funcionar. Então, o equilíbrio da moto é bastante bom, não tocámos em nada, só jogámos com a eletrónica. E amanhã talvez comecemos a fazer pequenas modificações. Mas por agora sinto-me bem, a moto está previsível. Este é um dos aspetos mais importantes’.

Questionado sobre se a distância face aos rivais está em linha com o que esperava, o #93 retorquiu: ‘É pequena, demasiado pequena, gostaria de ter uma distância maior. Mas estamos no MotoGP, nunca é suficiente. É verdade que hoje tivemos um bom ritmo com ambos os pneus traseiros, tivemos um bom ataque ao cronómetro, mas amanhã é o dia mais importante – em especial pela qualificação. Estar na primeira fila será um dos aspetos’.