
Daniel Bragança analisou a época do Sporting numa entrevista ao 'Flashscore', recordando o "choque" que foi a saída de Ruben Amorim a meio da época, até à entrada de Rui Borges, com João Pereira de permeio.
"Às vezes, o que acontece é as equipas ficarem sem treinador porque as coisas estão a correr mal. Não me lembro muito de equipas que, a meio da época, fiquem sem treinador por as coisas estarem a correr muito bem. (...) Aqui foi diferente: o choque foi outro. Perdemos um treinador que estava cá há cinco épocas, que mudou a história e a vida do Sporting. Foi um choque para nós. Aceitámos e compreendemos. Tal como há jogadores que sobressaem e saem em janeiro - e às vezes é difícil prendê-los cá - o treinador Ruben Amorim estava a fazer um excelente trabalho no Sporting, era muito cobiçado, já não era a primeira vez, e acabou por sair. É futebol. Foi um choque, mas o grupo aceitou bem", explicou o médio leonino.
Depois veio João Pereira, mas as coisas não correram bem. "Não foi tanto por causa dele, foi mais o grupo, o choque. Ficámos um bocado desamparados, sem saber bem o que estava a acontecer, com dúvidas sobre como seria sem o mister (...) O Amorim, no início do ano, fazia o papel de treinador e de capitão. Nunca sentimos a falta disso até ele sair", constatou. E seguiu-se Rui Borges: "Trouxe-nos a calma, a serenidade e a confiança que o grupo precisava naquele momento. Chegou na hora certa. Não teve uma vida fácil - as lesões continuaram - e depois, quando a bola de neve começa, é difícil limpar tudo de uma vez. O mister, não tendo um papel nada fácil, conseguiu superar todas as dificuldades que teve ao cair aqui de chapa e tem muito mérito neste campeonato. Apareceu na altura certa, quando o grupo mais precisava, e as coisas correram bem porque ele fez muito bem o trabalho dele e tem muito mérito nesta conquista."