
Carlos Vicens, novo treinador do SC Braga, foi oficialmente apresentado e respondeu às primeiras perguntas da comunicação social. O timoneiro dos guerreiros do Minho, de 42 anos, foi taxativo quando confrontado com o objetivo delineado pelo presidente António Salvador de se sagrar campeão nacional, até 2029.
«Não me sinto pressionado, para mim a pressão está na autoexigência no trabalho que vamos colocar em prática todos os dias, com os jogadores e em todos os processos os resultados são consequência disso mesmo. O foco é todo nesse aspeto e é aí que nos vamos incidir desde início», começou por dizer o líder dos arsenalistas que admitiu conhecer bem o futebol português e procurou demarcar-se de Pep Guardiola.
«É um futebol que toda a Europa conhece, pois todos o analisámos, veja-se a quantidade de treinadores portugueses que vocês exportaram. É algo incrível! Mas, também na qualidade da seleção portuguesa. Guardiola é um mentor, aprendi com ele todos os dias, mas agora chegamos a um clube com a sua própria identidade e história. Vamos trabalhar para criarmos a nossa identidade.»
Vicens que começa o seu percurso oficial no SC Braga esta terça-feira também se apresentou enquanto treinador.
«Dou importância máxima ao que fazemos no dia a dia, a força de qualquer projeto está no trabalho e nas pessoas, criando as condições para que possam dar tudo e isso é responsabilidade da liderança. Não se limita à parte do jogo», referiu e não quis adiantar muito sobre o ataque ao mercado, tal como sobre o atual plantel dos bracarenses.
«Já vi alguns jogadores nas instalações por estes dias, mas com alguns só falei por telefone porque estão de férias. Estou consciente do valor do plantel e já os vi jogar desde que assumimos este desafio. Ansioso por poder trabalhar com eles todos os dias. A pessoa atrás do jogador é muito importante para mim.»
O treinador espanhol sublinhou, igualmente, que não vai descurar o trabalho realizado na cidade desportiva do SC Braga.
«No clube anterior estive a trabalhar na academia e depois vi florescer muitos jovens na equipa principal. A academia do SC Braga é de topo neste país e é impossível pensar no futuro deste clube sem olhar para a qualidade e quantidade de talentos que há disponíveis na formação. Desde o primeiro dia vamos observar isso e dar oportunidade a todos.»
Já António Salvador, presidente dos guerreiros, fez uma revelação que o impressionou bastante e mencionou que o ataque ao mercado vai ser cirúrgico.
«O míster está a conhecer o plantel e a reconhecer algumas lacunas que tínhamos. Não temos pressa, pois queremos fazer as coisas bem feitas, que ao vir alguém seja para acrescentar e que possa entrar para ajudar. Isto deixou-me impresionado. Quando falei com o míster, pela primeira vez, pediu-me os contactos de todos os jogadores para falar com todos, para saber como estavam e quando se podiam apresentar.»
Dez jogadores falham apresentação
Na terça-feira, os jogadores apresentam-se ao trabalho para os habituais exames médicos e testes físicos, sendo que Matheus, Banza e André Horta, que estiveram cedidos, têm a ausência devidamente autorizada. Já Rodrigo Zalazar só se junta aos companheiros no início julho, porque esteve a representar a seleção do Uruguai e há ainda os seis jogadores no Europeu sub-21: João Carvalho, Lukas Hornicek, João Marques, Roger Fernandes, Roberto Fernández e Bright Arrey-Mbi.
Orlando Silva e Eduardo Carvalho, treinadores de guarda-redes, transitam para a nova equipa técnica liderada por Carlos Vicens. O treinador espanhol traz consigo cinco elementos, sendo eles: Mário Enguidanos (ex-Valência), Lander Garcia (ex-Real Sociedad), António Gomez (ex-Seleção de Espanha), Jordi Fernández (ex-Veneza) e Guilhermo Alonzo (ex-Leeds e Middlesbrough).