
Num aceso intercâmbio de palavras, o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, negou veementemente as acusações de um “reinado de terror” feitas pelo seu potencial rival eleitoral, Tim Mayer. Mayer, um ex-comissário da Fórmula 1 que foi afastado por Ben Sulayem no ano passado, atacou o atual presidente da FIA durante o fim de semana do Grande Prémio da Grã-Bretanha, acusando-o de sufocar a dissidência dentro da organização.
Ben Sulayem, indiferente às alegações de Mayer, refutou as afirmações de estar a governar uma ditadura dentro da FIA, afirmando que não é do seu estilo criticar publicamente os outros. Desafiou Mayer e qualquer outra pessoa a visitar a sede da FIA para testemunhar em primeira mão os processos transparentes e democráticos em vigor.
Além disso, Mayer criticou a liderança de Ben Sulayem, rotulando o progresso da FIA sob a sua administração como uma “ilusão”. Questionou a legitimidade das melhorias alegadas pela FIA em vários aspetos, incluindo estabilidade financeira, reforma e inclusão. Em resposta, Ben Sulayem defendeu a transparência financeira da organização, afirmando que os números falam por si mesmos e passam por rigorosos procedimentos de governação.
Num ambiente de crescente tensão, Ben Sulayem acolheu a candidatura de Mayer à presidência, enfatizando a natureza democrática do processo eleitoral dentro da FIA. Reconheceu a possibilidade de outros candidatos entrarem na corrida antes do prazo de outubro, mas reiterou o seu compromisso em cumprir as suas funções de forma eficaz, em vez de ser uma mera figura decorativa por múltiplos mandatos.
À medida que a batalha pela presidência da FIA se intensifica, a dinâmica entre Ben Sulayem e Mayer sublinha as complexidades e desafios dentro do mundo da governação do desporto motorizado. Com ambos os candidatos a preparar-se para uma eleição contenciosa, a futura direção da FIA está em jogo, aguardando o veredicto dos clubes membros.