
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), maior fabricante mundial de 'chips' por contrato, registou um crescimento de 40% das receitas na primeira metade do ano, em plena guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos.
Os bons resultados refletem o esforço das principais tecnológicas globais em reforçar os inventários de semicondutores, perante o receio de novos impactos decorrentes das políticas comerciais de Washington.
Em comunicado divulgado hoje, a TSMC referiu que as receitas do primeiro semestre atingiram 1,77 biliões de dólares taiwaneses (51,7 mil milhões de euros).
Com sede em Hsinchu, no norte de Taiwan, a empresa anunciou receitas de 263,7 mil milhões de dólares taiwaneses (7,68 mil milhões de euros) só em junho, o que corresponde a uma subida de 26,9% face ao mesmo mês de 2024, mas uma queda de 17,7% em relação a maio deste ano.
Fabricante dos semicondutores usados nos produtos mais avançados de empresas como Apple, Nvidia ou AMD, a TSMC ocupa uma posição central na cadeia global de fornecimento tecnológico, beneficiando da crescente procura por aplicações e dispositivos de inteligência artificial, que exigem semicondutores de elevada densidade e precisão.
Apesar dos resultados positivos, a empresa enfrenta um cenário incerto, devido à guerra comercial e tarifária desencadeada pela administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, que abriu uma investigação às importações de semicondutores e ameaçou impor novas tarifas ao setor.
De acordo com estimativas da consultora TrendForce, a TSMC terminou o primeiro trimestre de 2025 com uma quota de mercado de fundição de semicondutores superior a 67%, muito à frente das principais rivais, a sul-coreana Samsung (7,7%) e a chinesa SMIC (6%).