"Podemos ajudar os sírios com o nosso trigo, a nossa farinha e o nosso petróleo: os nossos produtos que são utilizados globalmente para garantir a segurança alimentar", disse Zelensky no seu discurso diário ao país.
O chefe de Estado disse que a Ucrânia "está em coordenação" com os seus parceiros e com o lado sírio para resolver questões logísticas.
"Apoiaremos esta região para que a estabilidade se torne a base do nosso movimento em direção à paz real", acrescentou.
Segundo Zelensky, estas possíveis entregas farão parte do programa "Grãos da Ucrânia", inaugurado em 2022 para fornecer ajuda alimentar aos países mais pobres.
Mesmo em guerra, a Ucrânia, um dos maiores produtores mundiais de cereais, mantém enormes capacidades de produção.
Apesar das ameaças de Moscovo de disparar contra cargueiros que navegam no Mar Negro, Kiev criou um corredor marítimo a partir do verão de 2023 para exportar os seus produtos agrícolas.
Ao fim de uma ofensiva de onze dias, a coligação rebelde dominada pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) derrubou, a 08 de dezembro, o poder do Presidente sírio Bashar al-Assad, que se refugiou na Rússia.
Esta queda representou um grave revés para Moscovo, que era, juntamente com o Irão, o principal aliado do antigo Presidente sírio e intervinha militarmente na Síria desde 2015.
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