
O Serviço Nacional de Saúde teria de admitir mais de 14 mil profissionais de saúde para poder dispensar o trabalho complementar - as horas extraordinárias e as horas em prestação de serviço (tarefeiros).
O número é avançado esta quarta-feira pelo jornal Público, que dá conta que as horas extraordinárias e em prestação de serviço no SNS aumentaram 38,9% entre 2018 e 2022. Ou seja, nesses cinco anos, o trabalho complementar passou de 18,3 milhões de horas para 25,5 milhões.
De acordo com um relatório do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP), citado pelo jornal, em 2022, seriam necessários 14.286 profissionais adicionais a tempo inteiro para conseguir dispensar o trabalho complementar.
Desde então, pouco mudou. Em 2024, foram contratadas mais de 24 milhões de horas complementares no SNS.
Apesar de Lisboa e Vale do Tejo ter sido a região que apresentou as "maiores necessidades absolutas acumuladas de profissionais" em 2022, o Alentejo e Algarve foram as regiões que mais dependeram destas horas complementares.
Os grupos profissionais que concentraram a maior parte das horas extraordinárias há três anos foram os enfermeiros (6,3 milhões), médicos especialistas (5,3 milhões), assistentes operacionais (3 milhões) e médicos internos (1,7 milhões).