A presença da representante máxima do parlamento madeirense sublinhou a solidariedade institucional entre as duas regiões autónomas e o valor crescente da cooperação entre arquipélagos na defesa e aprofundamento do modelo autonómico consagrado na Constituição. Rubina Leal afirmou que "as nossas autonomias não dividem: acrescentam. Acrescentam liberdade, responsabilidade, identidade e, sobretudo, portugalidade".

A presidente do parlamento madeirense destacou "o contributo singular que os Açores e a Madeira dão à afirmação de Portugal como país atlântico e pluricontinental e afirma como a dimensão atlântica da Madeira e dos Açores projecta Portugal para o mundo, enriquece a nossa identidade colectiva e reforça o sentido de pertença a um projecto nacional que tem nas suas autonomias um dos pilares mais nobres da descentralização democrática".

A ocasião foi também uma oportunidade para reflectir sobre os caminhos futuros da autonomia, num contexto de novos desafios políticos, económicos e sociais. Rubina Leal sublinhou a importância de "reforçar os mecanismos de diálogo e entendimento entre os dois parlamentos regionais e os governos insulares, no sentido de uma actuação concertada em matérias de interesse comum, como a revisão da Lei de Finanças Regionais, a Revisão Constitucional, a gestão dos fundos europeus e a afirmação internacional das Regiões Autónomas".

"É essencial que a Madeira e os Açores, respeitando as suas especificidades, saibam caminhar juntos em matérias estruturantes. A conciliação de posições entre as nossas Regiões fortalece o todo nacional e permite que a voz atlântica de Portugal seja ouvida com maior clareza e legitimidade", frisou.

As comemorações do Dia da Região Autónoma dos Açores encerraram com uma homenagem às instituições democráticas e aos protagonistas do percurso autonómico açoriano, num ambiente de celebração partilhada da autonomia como conquista do povo português.

A presença da presidente da Assembleia Legislativa da Madeira reforça "o espírito de cooperação entre as duas regiões autónomas e recorda que as autonomias, longe de fragmentarem o país, o enriquecem — levando Portugal mais longe, com raízes profundas no Atlântico e um olhar firme no futuro".