
O partido RIR, através de comunicado, manifesta o seu repúdio pela intenção do Governo Regional de entregar a gestão dos percursos pedestres a privados. "Esta proposta representa uma clara tentativa de privatizar o património natural da Madeira, sob o pretexto de combater os efeitos do chamado «turismo selvagem»", considera Liana Reis.
A notícia foi avançada na edição impressa de hoje do DIÁRIO.
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A coordenadora regional do RIR aponta que esta posição, por parte do Governo Regional, "não apenas ignora os princípios básicos de justiça ambiental e equidade social, como também revela uma perigosa submissão a interesses económicos privados". O partido defende que os trilhos e levadas são bens comuns, são do povo, e que "não são activos à disposição de interesses privados para exploração comercial".
A proposta de Eduardo Jesus é um sinal de incompetência política na gestão sustentável do território. Em vez de investir em fiscalização ambiental, sinalética adequada, limitação responsável do número de visitantes e envolvimento das comunidades locais, o Governo opta pela solução mais fácil e ideologicamente mais perigosa: privatizar o espaço público. Liana Reis
Nesse sentido, o RIR defende uma "gestão pública, transparente, inclusiva e sustentável", sendo que o combate ao turismo desregulado " deve ser feito com políticas sérias de ordenamento, com regras claras e fiscalização rigorosa, e não através da alienação dos nossos recursos naturais".