Um grupo composto por 5 elementos da associação Quercus esteve, na manhã do dia 24 de Maio, na zona da Vereda da Cavaca, Chão da Ribeira, freguesia do Seixal, para uma acção de remoção da planta invasora bananilha.

"Este grupo de voluntários, recorrendo a trabalho unicamente manual e num local de difícil acesso, arrancou rizomas desta planta, suficiente para encher 19 sacos. Tratou-se de um trabalho minucioso, que requereu muito cuidado, por forma a não danificar as plântulas das espécies nativas, como o loureiro, nem mobilizar significativamente o solo", explica uma nota enviada à imprensa.

Esta planta invasora tem vindo a ocupar grandes áreas que antes eram cultivadas, tendo subido a encosta da vereda da Cavaca. "Apesar da invasão ser grande, a área onde a planta se instalou não é muito significativa pelo que, um trabalho bem coordenado e eficaz poderá conter esta invasora, impedindo que a mesma se descontrole, pondo em causa o equilíbrio desta área de Laurissilva", assume a associação.

Dadas as consequências que esta planta pode representar para a Laurissilva, a Quercus insta o Governo Regional, através do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), as autarquias, as associações de conservação da natureza e a sociedade civil a uma mobilização para travar este problema. "As estratégias a implementar no terreno e de mobilização dos potenciais intervenientes devem ser repensadas", aponta.

"É sabido que a Laurissilva, além da sua importância científica e na regulação do clima, tem um papel fundamental no equilíbrio hidrológico da ilha da Madeira, assim como na prevenção da erosão dos solos, das aluviões e das inundações. É um bem natural extremamente relevante e a sua conservação compete-nos a todos", termina Elsa Araújo, presidente da Quercus Madeira.