"[Vladimir] Putin declarou que está pronto para contribuir para a resolução da questão nuclear iraniana", afirmou o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, na conferência de imprensa diária.

"Mantemos uma parceria estreita com Teerão", lembrou o responsável.

O Presidente norte-americano sugeriu na quarta-feira a possibilidade de a Rússia participar nas negociações, que, segundo Donald Trump, estão a ser arrastadas por Teerão.

"O prazo para a decisão iraniana sobre as armas nucleares está a esgotar-se e precisa ser feita rapidamente", advertiu o líder da Casa Branca, numa mensagem publicada nas redes sociais.

Numa conversa telefónica tida na quarta-feira, Trump reiterou a Putin que "o Irão não pode ter uma arma nuclear", tendo dito, depois, acreditar que, nesse ponto, ambos estão de acordo.

A Rússia, que possui oficialmente o maior arsenal nuclear do mundo, herdado da antiga União Soviética, e o Irão têm reforçado as ligações políticas e militares significativamente desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Teerão e Washington, inimigos desde a Revolução Islâmica de 1979, reiniciaram negociações em 12 de abril sobre o programa nuclear iraniano.

Estas negociações representam o mais elevado nível de envolvimento entre os dois países desde que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente, em 2018, do acordo nuclear internacional com o Irão, concluído três anos antes em Viena.

O enriquecimento de urânio continua a ser um dos principais pontos de discórdia entre Washington e Teerão. Os países ocidentais e Israel acreditam que o Irão está a tentar a construir uma bomba atómica, suspeita que os iranianos negam.

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