
Dezenas de profissionais de educação exigiram esta quinta-feira mais pessoal docente e não docente nas escolas, aumentos salariais e direito à Caixa Geral de Aposentações, num plenário junto à Escola Secundária D. João II, em Setúbal.
"O plenário de hoje, entre as 8h00 e as 10h00, prende-se com uma continuidade da luta face a problemas que continuam desde há muito tempo: a falta de pessoal docente e de pessoal não docente", disse Daniel Martins, do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP).
"Neste protesto estão muitos assistentes operacionais. Aqui na Escola D. João II, que tem uma área de 32 mil metros quadrados, há apenas 16 funcionários para 1.600 alunos", acrescentou Daniel Martins, salientando que se trata de uma situação que "provoca um grande desgaste e que vai levar a mais baixas médicas de trabalhadores que o Governo não consegue substituir".
Segundo o STOP, o protesto dos profissionais de educação da Escola Secundária D. João II insere-se num conjunto de iniciativas de luta que os profissionais de educação do concelho de Setúbal têm levado a cabo, com o objetivo de manter a pressão para a resolução dos problemas do setor após a eleição do novo parlamento.
"Queremos mostrar que os profissionais de educação não vão parar e que querem respostas (...). Estamos a falar dessas necessidades educativas especiais, estamos também a falar de salários que são de miséria. Há colegas que têm 30 a 35 anos de serviço e ganham praticamente o mesmo que quem entra agora", justificou o sindicalista do STOP.