O Presidente da República evocou Nuno Portas, que morreu hoje aos 90 anos, como "uma das personalidades mais visionárias e brilhantes" na segunda metade do século XX português.

"Deixou-nos hoje uma das personalidades mais visionárias e brilhantes da vida académica, cultural, política e social da resistência de inspiração católica dos anos 50, 60 e 70 do século passado: Nuno Portas", pode ler-se numa nota publicada no 'site' da Presidência da República.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, Nuno Portas "foi notável como arquiteto, como professor, como urbanista, como animador de movimentos artísticos, culturais em geral, cívicos, políticos e sociais".

"Permaneceu assim desde a resistência à ditadura até às primeiras décadas da democracia", considerou o chefe de Estado, lembrando a "personalidade visceralmente solitária" do arquiteto e urbanista.

Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que Nuno Portas "dedicou-se à comunidade e deixou discípulos muito diversificados em todos os domínios em que foi excecional".

"O Presidente da República apresenta à sua família as mais respeitosas, gratas e amigas condolências", concluiu a mesma nota.

O arquiteto Nuno Portas, de 90 anos, distinguido com o Prémio Abercrombie, em 2005, morreu hoje em Lisboa, disse à Lusa um familiar.

Natural de Vila Viçosa, licenciado pela Universidade do Porto, Nuno Portas recebeu, com o arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o Prémio Valmor, pela Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, consagrada em 1970.