O tempo quente que se faz sentir em grande parte do território nacional levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a emitir aviso amarelo para 12 distritos de Portugal continental, uma medida preventiva que alerta para condições meteorológicas com impacto potencial em atividades humanas.

Os distritos de Viseu, Porto, Santarém, Viana do Castelo e Braga estarão sob aviso até às 18:00 desta quarta-feira, enquanto Bragança, Évora, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco e Portalegre permanecerão em alerta até às 21:00 de sexta-feira, refletindo a persistência de temperaturas elevadas.

O aviso amarelo, o menos grave na escala de alertas do IPMA, é ativado sempre que se antevê um risco moderado, especialmente relevante para atividades ao ar livre ou profissões expostas ao calor.

A previsão meteorológica para esta quarta-feira aponta para céu geralmente limpo, com possibilidade de aguaceiros e trovoadas no interior das regiões Norte e Centro durante a tarde. O IPMA prevê ainda vento fraco a moderado de oeste, nevoeiro ou neblina em zonas costeiras, subida das temperaturas máximas no Norte e Centro e ligeira descida no Algarve.

As temperaturas mínimas variam entre 15°C em Leiria e 24°C em Portalegre e Castelo Branco, enquanto as máximas podem atingir os 40°C, sobretudo no distrito de Castelo Branco.

Incêndios: perigo máximo em mais de 40 concelhos

O calor intenso e as condições atmosféricas associadas aumentam também o risco de incêndio. Segundo o IPMA, mais de 40 concelhos dos distritos de Bragança, Viseu, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Faro encontram-se hoje em perigo máximo de incêndio rural.

A grande maioria dos concelhos do continente regista, ainda, risco elevado ou muito elevado, refletindo uma situação meteorológica propícia à propagação de fogos. Esta avaliação tem por base fatores como a temperatura do ar, humidade relativa, vento e precipitação das últimas 24 horas.

De acordo com dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), desde o início do ano registaram-se 2.672 ocorrências de fogo, que afetaram mais de 6.300 hectares de área rural.

As autoridades apelam à cautela por parte da população, desaconselhando o uso de fogo ou atividades suscetíveis de provocar ignições, especialmente nos concelhos sob alerta máximo.