O ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, indicou que o Comando Operacional Conjunto da NATO pediu à Polónia para intercetar o caça enquanto este sobrevoava o espaço aéreo internacional do Báltico, informou a agência polaca PAP.
Kosiniak-Kamysz afastou a possibilidade de uma ação acidental por parte da Rússia, sobretudo após a presença esta semana de um navio da chamada "frota fantasma", que Moscovo utiliza para contornar as sanções internacionais às suas exportações de matérias-primas.
"Estes dois acontecimentos demonstram a importância da região do Mar Báltico", afirmou o ministro da Defesa polaco, que destacou a relevância das rotas de comunicações e comércio nesta área, bem como a proteção das infraestruturas críticas.
Kosiniak-Kamysz salientou ainda que a defesa do Mar Báltico deve ser uma tarefa conjunta de todos os aliados e espera que haja progressos nesse sentido na próxima cimeira da NATO em Haia, agendada para 24 e 25 de junho.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, alertou na quinta-feira que o Mar Báltico pode tornar-se num local de "confronto permanente" e agradeceu à Marinha a sua intervenção no dia anterior para impedir que um navio russo realizasse manobras "suspeitas" perto de um cabo que liga a Polónia à Suécia.
Tusk considerou que se tratou de um "claro ataque" à segurança do Estado e anunciou que Varsóvia vai continuar a investigar.
"É claro que é necessário verificar com muito cuidado" se o navio russo colocou ou não explosivos perto deste cabo de energia, indicou o governante.
No seguimento deste incidente, Tusk alertou que "o Mar Báltico pode tornar-se num lugar --- tal como a fronteira leste da Polónia - de confronto híbrido permanente".
Esta semana, a União Europeia alargou as suas sanções contra a chamada "frota fantasma", um grupo de navios antigos que usam bandeiras de países terceiros e que a Rússia alegadamente utiliza para contornar restrições à exportação de matérias-primas ou para realizar potenciais atos de sabotagem em infraestruturas marítimas.
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