
A polícia indiana prendeu 81 pessoas por "simpatizarem" com o Paquistão, anunciaram ontem as autoridades, menos de um mês após os piores confrontos entre os dois países em décadas.
As detenções tiveram lugar no estado de Assam, no nordeste da Índia, onde o chefe do governo local, Himanta Biswa Sarma, anunciou que "81 antinacionais estão agora atrás das grades por simpatizarem com o Paquistão".
"Os nossos serviços estão constantemente a seguir as mensagens antinacionais nas redes sociais e estão a tomar medidas", acrescentou Himanta Biswa Sarma, que é membro do partido nacionalista hindu no poder na Índia.
Uma das pessoas foi detida depois de ter colocado uma bandeira paquistanesa na sua conta do Instagram, disse à AFP a polícia do estado de Assam, sem dar mais pormenores.
As redes sociais têm estado sob vigilância na Índia desde o ataque de 22 de abril que custou a vida a 26 turistas na Caxemira indiana, o pior em décadas neste território disputado de maioria muçulmana.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar os militantes islâmicos que considera responsáveis pelo ataque.
Os dois países travaram um conflito armado de quatro dias, o pior desde 1999 entre as duas potências nucleares, que terminou com um cessar-fogo a 10 de maio.
Mais tarde, a agência antiterrorismo da Índia afirmou ter detido um agente da polícia paramilitar por espionagem a favor do Paquistão. Segundo os meios de comunicação social locais, foram detidas dez pessoas acusadas de espionagem.