
Pelo menos 16 pessoas morreram durante a noite em vários ataques aéreos israelitas contra o território palestiniano, declarou esta quarta-feira a Defesa Civil da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas.
"As equipas da Defesa Civil retiraram 16 mártires, incluindo várias crianças, após ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza desde o amanhecer" desta quarta-feira, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Mahmoud Bassal, porta-voz da organização de socorro.
Bassal explicou que nove pessoas "da família do jornalista Osama al-Arabid" foram mortas perto de al-Saftawi, a norte da Cidade de Gaza.
"Várias crianças" estavam entre os mortos, segundo o porta-voz da Defesa Civil. Os ataques ocorreram por volta das 02:00, no horário local (00:00 em Lisboa).
Al-Arabid, que trabalha como vídeo-jornalista e editor para uma produtora local, ficou ferido, segundo a Defesa Civil.
No centro da Faixa de Gaza, seis membros da mesma família, os Aqilan, foram mortos num ataque na zona de Deir al-Balah, segundo a mesma fonte.
Bassal acrescentou que "um civil" foi morto em Abasan, a leste de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, sem adiantar mais pormenores. Contactado pela AFP, o exército israelita não respondeu de imediato, indicando ser difícil obter informações sobre estes ataques sem coordenadas precisas.
Israel retomou ofensiva em Gaza após abandonar cessar-fogo
Após abandonar o cessar-fogo de dois meses, Israel retomou a sua ofensiva na Faixa de Gaza em meados de março e intensificou as suas operações militares em 17 de maio, com o objetivo declarado de aniquilar o Hamas, libertar os últimos reféns que restavam e assumir o controlo do território.
Também esta quarta-feira, o exército israelita matou um palestiniano durante uma operação na cidade de Jit, na Cisjordânia ocupada, perto de Qalqilia.
O homem, identificado como Jasem Ibrahim al-Sada, foi baleado por soldados israelitas dentro da sua casa, segundo a sua família, que acrescentou que os soldados retiveram o corpo durante algum tempo antes de o entregarem ao Crescente Vermelho Palestiniano.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) não fizeram comentários sobre esta incidente até ao momento.