“Nós temos meios, agora nas situações de crise é sempre muito difícil fazer essa gestão, não temos capacidade ilimitada.” As palavras do primeiro-ministro esta quinta-feira, respondendo às críticas sobre a falta de meios, chegam numa altura em que grande parte dos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco estão esta sexta-feira em perigo máximo de incêndio rural.

Garantindo que os meios aéreos “respondem às necessidades que o sistema e todo o dispositivo necessita”, Luís Montenegro admitiu que “em horas de crise, naturalmente, têm uma dificuldade de gestão maior”. Apesar disso, apelou à tranquilidade. Para o chefe do executivo, é preciso “alguma serenidade e não estarmos agora nós próprios a contribuir para adensar a intranquilidade das populações”.

Perigo de incêndio em Portugal continental

A previsão de perigo máximo de incêndio rural, avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estende-se também ao sul do país, com seis concelhos do distrito de Faro - Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.

Na região norte, o IPMA prevê perigo máximo de incêndio rural para todo o distrito da Guarda e para quase todo o distrito de Bragança, exceto Vinhais e Carrazeda de Ansiães. Trofa, Gondomar e Valongo são os concelhos do Porto que também estão perigo máximo de incêndio rural.

Na área metropolitana de Lisboa, apenas o concelho de Loures está com uma previsão de perigo muito elevado, os restantes estão em perigo elevado a moderado.

Temperaturas a subir

O IPMA alertou na quinta-feira para o "episódio de tempo quente", previsto para entre hoje e quarta-feira em Portugal continental, que deverá ser "consideravelmente severo" pela duração e temperaturas máximas previstas, entre 36 e 44 graus Celsius.

Face a estas previsões, o IPMA já colocou todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, sob aviso laranja entre as 09h00 e as 18h00 de domingo, devido à "persistência de valores muito elevados de temperatura máxima" que aumenta o risco de incêndios rurais.