
O Papa Leão XIV apelou esta quarta-feira à entrada de "ajuda humanitária decente" em Gaza e ao fim das hostilidades, denunciando que o "preço atroz está a ser pago por crianças, idosos e doentes".
"A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais preocupante e dolorosa", declarou o Papa, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
As autoridades israelitas impuseram um bloqueio ao território palestiniano de 2,4 milhões de habitantes em março.
Israel anunciou na terça-feira que tinha deixado entrar em Gaza alguns camiões com alimentos para bebés, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou que dois milhões de palestinianos estavam a passar fome.
Ajuda "ridiculamente insuficiente"
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou Israel de só permitir a entrada em Gaza de uma ajuda "ridiculamente insuficiente" para não ser acusada de "matar a população à fome".
A ajuda autorizada a entrar na Faixa de Gaza "não passa de uma cortina de fumo", acrescenta.
No dia 11 de maio, o Papa já tinha afirmado estar "profundamente triste" com o que estava a acontecer na Faixa de Gaza.
Apelou na altura a "uma cessação imediata das hostilidades, à ajuda humanitária para a população civil exausta e à libertação de todos os reféns".
Papa Leão pede para "construir a paz" em Gaza
Na audiência geral na Praça de São Pedro, o chefe da Igreja Católica defendeu perante mais de 25.000 fiéis ser necessário trabalhar pela paz num mundo em guerra.
"Num mundo dividido pelo ódio e pela guerra, somos chamados a semear a esperança e a construir a paz", afirmou.
Horas antes da audiência, Leão XIV tinha confirmado à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a disponibilidade do Vaticano para acolher as negociações entre a Ucrânia e a Rússia, informou o Governo italiano num comunicado..