Uma mulher italiana foi detida, esta quarta-feira, em Valência, pelo rapto da sua filha, mantendo-a sob uma identidade falsa durante 11 anos, segundo o jornal espanhol La Vanguardia.

Devido a uma investigação, conduzida pela Unidade de Proteção de Mulheres e Menores da polícia local de Milão e da Unidade de Investigação da polícia Carabineros, foi possível localizar a menor, atualmente com 13 anos, em Espanha.

Segundo o comunicado da Procuradoria de Milão, a mãe e o namorado, que a apoiava moral e financeiramente, foram detidos pelas autoridades espanholas através de um mandado de captura europeu, enquanto a avó da criança e respetivo companheiro ficaram em prisão domiciliária em Itália.

“Tendo em conta as provas recolhidas” e ‘" risco de fuga e de reincidência, foi decretada a prisão preventiva para os indivíduos residentes em Espanha e a prisão domiciliária para os indivíduos residentes em Itália", informou o Ministério Público de Milão, que ressaltou a colaboração com as autoridades espanholas.

As investigações só começaram em abril de 2023, uma década depois do desaparecimento, após o pai, que a menor desconhecia, apresentar queixa.

A menor foi raptada entre 2013 e 2014 com apenas 3 anos de idade, após o Tribunal de Milão ordenar a entrega da menor aos serviços sociais da cidade.

Em 2019, a mãe da menor foi condenada pelo crime de violação intencional de uma decisão judicial e rapto de crianças.

Atualmente, é acusada pelos crimes de rapto e de rapto internacional de crianças.