
Um incêndio florestal de grandes dimensões fez dois mortos e obrigou as autoridades a retirar 1.000 pessoas no centro do Canadá, que enfrenta um início ativo de época de incêndios devido à seca, informou esta quarta-feira a polícia.
No sudeste da província de Manitoba (centro), a cerca de 100 quilómetros da cidade de Winnipeg, uma mulher e um homem ficaram "presos pelo fogo" em casa, disse uma porta-voz da polícia, Chris Hastie.
Os corpos dos dois mortos foram recuperados perto da comunidade de Lac du Bonnet, segundo a mesma fonte.
O país sofreu grandes incêndios nos últimos anos, mas geralmente em áreas remotas, e são muito raras mortes em habitações como as registadas hoje, segundo a AFP.
Foram emitidas várias ordens de evacuação nos últimos dias e mil residentes da aldeia de Lac-du-Bonnet tiveram de ser realojados com urgência nas últimas horas.
"Foi um dia muito difícil", disse à AFP Loren Schinkel, presidente do município.
Chamas propagaram-se rapidamente devido aos ventos fortes
As chamas propagaram-se muito rapidamente devido aos ventos fortes e várias casas foram destruídas, segundo as autoridades.
Cerca de 24 incêndios florestais estão ativos nesta província, cinco dos quais foram considerados fora de controlo até quarta-feira, incluindo um na fronteira com Ontário, numa área de mais de 100.000 hectares.
A situação é "muito difícil", disse Kristin Hayward, do Serviço de Incêndios Florestais de Manitoba, em conferência de imprensa.
"Está muito quente, o tempo está seco e tivemos alguns dias com muito vento", adiantou.
As condições anormalmente quentes, secas e ventosas na parte central e ocidental do país favorecem a eclosão e a propagação de incêndios, segundo as autoridades.
Já arderam este ano mais de 260.000 hectares
Dezenas de incêndios florestais estão também ativos nas províncias de Ontário, Colúmbia Britânica, Alberta e Saskatchewan.
Em todo o país, um dos maiores do mundo, 92 incêndios estão atualmente ativos e mais de 260.000 hectares já arderam este ano.
As autoridades canadianas preveem que a época de incêndios florestais poderá ser "pior do que o normal" no centro e oeste do Canadá em junho e julho, e "muito acima da média" em agosto, principalmente devido à seca severa ou extrema que continua a afetar muitas áreas.
Com o aquecimento global, o Canadá está a enfrentar cada vez mais eventos climáticos extremos e, em 2023, o país viveu a sua pior época de incêndios da história.
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