
Para o Executivo de Budapeste, o TPI é um organismo de natureza política devido a decisões que a Hungria considerou tendenciosas em questões como o conflito na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán anunciou a saída da Hungria do TPI durante a visita a Budapeste do chefe do Executivo israelita Benjamin Netanyahu, que é alvo de um mandado de captura por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados com a ofensiva militar no enclave palestiniano de Gaza.
A Assembleia Nacional húngara já tinha demonstrado a posição sobre a saída da Hungria do TPI no início do debate parlamentar, a 29 de abril.
O partido de Orbán (Fidesz) dispõe de uma sólida maioria parlamentar, o que voltou a ficar claro na sessão de hoje.
A primeira reação à votação de hoje no Parlamento húngaro veio de Israel, que saudou a posição como "decisão justa e histórica", pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar.
"O chamado Tribunal Penal Internacional perdeu toda a credibilidade moral na ânsia de retirar a Israel o direito fundamental de se defender, e graças à Hungria e a Viktor Orbán", afirmou.
O TPI emitiu um mandado de captura internacional contra o primeiro-ministro israelita por alegados crimes de guerra na Faixa de Gaza, onde Israel combate o movimento islamita palestiniano Hamas.
a prática, a saída da Hungria não vai ser imediata, uma vez que é necessário um ano a partir da notificação formal da separação até que esta se torne definitiva.
Além disso, a Hungria continua a ter obrigações relacionadas com o período em que foi membro do Tribunal de Haia.
PSP // APN
Lusa/fim