Ao longo dos primeiros três meses do ano, a evolução do saldo acumulado das balanças corrente e de capital foi sempre inferior ao registado até março de 2024, mas acima do registado nos mesmos meses de 2023.

O BdP acrescenta que o excedente das balanças correntes e de capital representou 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral, que compara com 3,28% no último trimestre de 2024 e com 3,82% no período homólogo.

Para esta evolução, o BdP destacou o aumento de 1.546 milhões de euros do défice de balança de bens pelo aumento das importações (mais 1.674 milhões de euros) acima do das exportações (mais 128 milhões de euros), e do défice da balança de rendimento primário, dada a menor atribuição de fundos da União Europeia (UE) a título de subsídios (menos 361 milhões de euros).

A balança de serviços registou um aumento do seu excedente em 299 milhões de euros, fruto da evolução do saldo das viagens e turismo (mais 160 milhões de euros) e dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas (mais 151 milhões de euros).

No final de março, a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 1.215 milhões de euros.

As instituições financeiras não monetárias, sem sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, "nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida de investimento direto estrangeiro não residente".

Já o banco central foi o setor com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, sobretudo "devido ao aumento dos passivos na forma de depósitos".

Apenas em março, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 264 milhões de euros, recuando 681 milhões de euros em termos homólogos.

JO // JNM

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