
O regulador do setor energético aprovou um acréscimo de 1,5% no preço do gás natural a partir de 01 de outubro, que representa aumentos entre 0,36 e os 0,21 euros na fatura mensal para a maioria dos clientes.
O aumento agora aprovado vai vigorar entre 01 de outubro de 2025 e 30 de setembro de 2026 e abranger os cerca de 440 mil consumidores que permaneciam, no final de fevereiro de 2025, no mercado regulado.
Em março, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) tinha proposto um aumento de 4% das tarifas que agora foi revisto em baixa devido à diminuição, em cerca de 9%, da previsão do preço de aquisição do gás natural pelos comercializadores de último recurso (CUR), fruto do decréscimo do preço do petróleo, entretanto ocorrido nos mercados de futuros.
Com a decisão anunciada esta segunda-feira, aprovada pelo Conselho Tarifário e outras entidades, "o impacte na fatura do gás natural (incluindo taxas e impostos), para as tipologias de consumo mais representativas (casal sem filhos e casal com dois filhos), traduz-se num aumento entre 0,36 e os 0,21 euros na fatura mensal", detalha em comunicado a ERSE.
Vamos a contas: como fica o preço final?
De acordo com as contas do regulador, os preços de venda a clientes finais do mercado regulado vão registar, no conjunto dos últimos cinco anos, uma variação média anual de mais 4,6% no preço final.
O regulador lembra que no mercado livre, que no final de fevereiro contava com 1,1 milhões de consumidores, os preços variam entre comercializadores e dependem da oferta comercial contratualizada pelo cliente.
O preço final da fatura de fornecimento de gás natural, quer no mercado regulado, quer no mercado livre, inclui o valor relativo às tarifas de acesso às redes, reguladas pela ERSE, que refletem a utilização coletiva das infraestruturas de redes.
"No caso dos consumidores em Baixa Pressão com consumos inferiores ou iguais a 10.000 m3 /ano, onde se incluem os consumidores domésticos, a variação das tarifas de acesso às redes implicará aumentos de 0,34 cêntimos de euro por kilowatt-hora (cEuro/kWh)", detalha a ERSE.
Já para os consumidores não-domésticos, ligados em Alta Pressão (Indústria), Média Pressão e Baixa Pressão, são estimados aumentos entre os 0,03 e os 0,15 cêntimos de euro por quilowatt-hora (cEuro/kWh).
Os clientes com tarifa social, quer no mercado regulado, quer no mercado livre, continuam a usufruir de um desconto de 31,2%, calculado por referência aos preços de venda a clientes finais do mercado regulado.