
Representantes da Flórida, Colorado, Missouri e Illinois, alguns dos estados mais afetados por fenómenos climáticos extremos, anunciaram uma emenda à lei orçamental e fiscal em discussão na Câmara dos Representantes que inclui uma redução de quase 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) para a NOAA, que na quinta-feira anuncia as suas previsões oficiais para a temporada de ciclones no Atlântico.
O deputado Jared Moskowitz, da Florida, está a liderar o esforço para alterar a proposta republicana "para garantir que a NOAA e o Serviço Meteorológico tenham os recursos de que necessitam", alertando que "a época dos furacões começa dentro de 11 dias".
"Cortar os fundos para a previsão meteorológica não torna o governo mais eficiente, apenas torna os americanos mais inseguros", defendeu numa publicação nas redes sociais.
As reduções à NOAA fazem parte do polémico plano de cortes orçamentais e fiscais de Trump, que ainda não conta com a aprovação de todos os republicanos na Câmara dos Representantes.
Desde março, a administração Trump pediu aos responsáveis da NOAA um corte adicional de 1.000 trabalhadores, 20% do total, o que poderia afetar a capacidade da agência de fazer previsões de tempestades, temporais e furacões.
Os republicanos controlam ambas as câmaras do Congresso norte-americano.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu-se na terça-feira com legisladores republicanos do Congresso para exortá-los a apoiarem a sua lei orçamental, que enfrenta resistência no partido por aumentar o défice e restringir o acesso a cuidados de saúde.
"Não houve gritos, acho que foi uma reunião cheia de amor", disse Donald Trump aos jornalistas no final das discussões à porta fechada, na companhia do presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson.
"Vamos obter uma grande vitória", afirmou Johnson, a propósito da votação prevista para o final da semana, que se prevê renhida.
Johnson, pretende que o projeto de lei seja aprovado por ambas as câmaras do Congresso antes do Memorial Day, 26 de maio, e esteja pronto para a assinatura de Trump antes do Dia da Independência, 04 de julho.
O líder republicano da Câmara dos Representantes também manifestou o seu otimismo em relação ao texto, que antes de chegar ao hemiciclo tem de passar nas próximas horas um último teste na Comissão do Regimento da Câmara dos Representantes.
A lei não é consensual entre os republicanos, com os mais moderados a temerem que cortes significativos no programa de assistência médica aos mais desfavorecidos possa ter consequências eleitorais a meio do mandato, em novembro de 2026, e os mais conservadores a exigirem mais cortes.
Trump, está a pressionar os parlamentares a agirem rapidamente para aprovar esta lei, principalmente para concretizar a extensão dos créditos fiscais de seu primeiro mandato, que expiram no final do ano.
Batizado de "Uma Grande e Bela Proposta de Lei" - em homenagem a Trump, que desta forma o havia adjetivado - o documento foi aprovado na Comissão Orçamental, numa primeira etapa e após uma primeira rejeição a 16 de abril.
PDF // RBF
Lusa/Fim