De acordo com as sondagens à boca das urnas, Lee Jae-myung (Partido Democrata) obteve 51,7% dos votos, contra 39,3% do seu principal adversário, o conservador Kim Moon-soo (PPP, direita), informaram as três maiores emissoras de televisão sul-coreanas.

Esta votação, cujo resultado ainda precisa de ser confirmado pela Comissão Eleitoral Nacional, deve permitir que a Coreia do Sul recupere um líder e a estabilidade política, após seis meses de crise desencadeada pelo anterior chefe de Estado, Yoon Suk Yeol.

No início de dezembro, Yoon declarou surpreendentemente a lei marcial e enviou o exército para assumir o controlo do parlamento, amplamente dominado pela oposição, a fim de silenciá-lo.

Na ocasião, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar uma moção e rapidamente fazer fracassar a iniciativa do então Presidente, que foi classificada como um golpe de força.

Seguiram-se seis meses de profundo caos político, entre manifestações maciças, prisão e destituição de Yoon Suk Yeol, sucessão inédita de presidentes interinos e outras reviravoltas, nomeadamente judiciais.

Devido ao vazio na chefia do Estado, o vencedor da eleição assumirá as suas funções assim que o resultado for validado, o que está previsto para quarta-feira de manhã.

Se a sua vitória for homologada, Lee Jae-myung, um antigo operário de 61 anos, terá a difícil tarefa de enfrentar a ameaça representada pelo imprevisível vizinho norte-coreano, ao mesmo tempo que se posiciona entre a China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul, e os Estados Unidos, aliado e protetor histórico.

O futuro governante também enfrenta sérios desafios nacionais, incluindo uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo e o aumento do custo de vida.

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