
O candidato presidencial António José Seguro considerou hoje que o PS tem "todo o tempo do mundo para decidir" o que fazer quanto à corrida a Belém, afirmando que tem muita gente com ele dentro e fora do partido.
O ex-secretário-geral do PS António José Seguro, que esta semana anunciou a sua entrada na corrida presidencial, fez esta noite o seu último comentário no espaço Liberdade, na CNN, no qual adiantou que a apresentação da sua candidatura a Belém será feita no próximo dia 15 de junho, nas Caldas da Rainha.
"Eu sou um homem livre. Já o disse várias vezes. Não tenho amarras absolutamente nenhumas e considero que esta é uma eleição em que as pessoas expressam a sua convicção, as suas ideias, a sua visão do país. E, portanto, eu não tinha que esperar por ninguém. Eu tinha que ser eu próprio", explicou.
Segundo Seguro, há "muita gente" que o apoia, dentro do PS, mas também noutros partidos, referindo que nos estudos de opinião é apontado o apoio que tem "em todos os eleitorados de todos os partidos" e o reconhecimento da "característica de consenso".
"Agora o Partido Socialista decidirá da melhor maneira. O Partido Socialista está numa situação que não é fácil, que é uma situação difícil. E, portanto, tem todo o tempo do mundo para decidir o que deve fazer nestas eleições presidenciais", assegurou.
Questionado sobre se compreenderia que o PS não apoiasse formalmente a candidatura de um antigo secretário-geral do partido como é o seu caso, o socialista disse que "esse é um princípio que existe no PS".
"Mas eu não estou aqui em nome do Partido Socialista. Nem falo pelo Partido Socialista. O que lhe posso dizer é que eu sinto que nos eleitores, nos militantes, nos dirigentes, nos autarcas, nos presidentes de câmara, há uma grande simpatia e uma grande satisfação com a minha disponibilidade e com a minha candidatura", enfatizou.
Sobre a sua reflexão e tomada de decisão, o antigo líder do PS apontou que vive do seu salário e do seu trabalho e qualquer decisão que tomasse teria um impacto porque não vive da política.
"E depois há a outra dimensão. Se devo. E o que é que isso teve a ver? Teve a ver com as alterações de condições que houve designadamente com o dia 18 de maio. E saber, daquilo que eu entendo, que é o papel do Presidente da República, se eu tenho ou não condições para fazer aquilo que eu mais gosto, que é promover consensos, criar condições de conciliação, para que as pessoas resolvam de vez os problemas dos portugueses", explicou.
Depois de falar com diferentes pessoas, Seguro considerou que tinha "um dever".
"Um dever cívico e um dever com o meu país. E eu quero retribuir o que o meu país me deu em formação, em educação, em oportunidades", apontou.