Uma jovem de 17 anos morreu após consumir um bolo enviado de forma anónima para sua casa, em Itapecerica da Serra, São Paulo, no Brasil. O presente foi entregue por um motoboy e vinha acompanhado de um bilhete enigmático com a mensagem: "Um mimo para a garota mais linda que eu já vi."

De acordo com o portal G1, que cita o boletim de ocorrência, a jovem sentiu-se mal após comer o bolo e foi transportada para o hospital, mas sofreu uma paragem cardiorrespiratória e acabou por não resistir.

A causa da morte está a ser apontada como intoxicação alimentar, havendo suspeitas de que o bolo estaria envenenado.

Segundo o pai, Sílvio Ferreira das Neves, foi a irmã da jovem que recebeu a entrega e quem o alertou sobre o bolo anónimo, já depois de este ter sido consumido.

“A gente desconfia que tinha alguma coisa no bolo. Mas não tem nada certo. Confio muito na investigação da polícia e entrego na mão de Deus, pra nos confortar. Minha filha de volta nada vai trazer. Mas, se alguma família receber essas encomendas, algum tipo de doce em casa, pelo amor de Deus, não pega. Porque tem muita gente fazendo maldade no mundo”, desabafou.

Jovem enviou um áudio agradecer o bolo

Logo após ter consumido o bolo, a jovem enviou um áudio para um grupo de amigos a agradecer a surpresa e a tentar descobrir quem o tinha enviado.

“Não sei se foi algum amigo ou amiga minha. Ó, vou ler o cartão pra vocês. Mano eu queria saber quem foi, eu tô com raiva. ‘Um mimo para a menina mais doce e com a personalidade incrível que eu conheço’. Gente, eu juro por Deus, eu quero agradecer quem me deu isso”, disse a jovem no áudio a que a TV Globo teve acesso.

Identificada responsável que enviou o bolo

Esta terça-feira, no mesmo dia do funeral da jovem, outra adolescente da mesma idade foi identificada como possível responsável do crime.

No depoimento, a suspeita confessou ter enviado um outro bolo envenenado para outra jovem que quase morreu.

As autoridades ainda não revelaram os motivos por detrás do crime, estando as investigações ainda em curso.

O caso do ovo da Páscoa envenenado

No passado mês de abril, duas crianças, de 7 e 13 anos, morreram após consumirem um ovo da Páscoa enviado de forma anónima para casa. O doce estava envenenado com 'chumbinho' — um pesticida ilegal no país, sem cheiro nem sabor, frequentemente utilizado para matar ratos.

O caso aconteceu na semana da Páscoa no município de Imperatriz, no Maranhão, no Brasil. O ovo de chocolate foi entregue por um motoboy, como se fosse um presente, acompanhado de um bilhete dirigido à mãe das crianças.

Na sequência da investigação, a Polícia Civil deteve uma mulher de 36 anos, apontada como autora do crime, alegadamente motivado por ciúmes e vingança. A suspeita, que se encontra em prisão preventiva, é ex-mulher do atual companheiro da mãe das crianças.