Refletir sobre a liberdade e “os seus significados, fragilidades e possibilidades” é a proposta da exposição coletiva “…e o perú fugiu”, que será inaugurada esta quinta-feira, 24 de abril, nas Carpintarias de São Lázaro, em Lisboa, onde fica patente até 29 de junho. A entrada é gratuita.
A mostra, com curadoria de Inês Valle, reúne artistas nacionais e internacionais e pretende assinalar os 51 anos da Revolução dos cravos. É a flor de abril, de resto, que está no centro da instalação inédita “O nosso chão tem sonhos e vontades”, criada pelo Atelier Contencioso, formado pelas artistas portuguesas Ana Velez, Joana Gomes e Maria Sassetti. Trata-se de uma obra imersiva composta por 51 cravos suspensos, e ocupa simbolicamente a sala central do local da exposição.
Nesta participam artistas de Portugal, Marrocos, Argentina, África do Sul e Moçambique, entre eles Nuno Nunes-Ferreira, Ângela Ferreira, Marcelo Brodsky e Andrew Esiebo. Interpretam a liberdade, mote da iniciativa, “não apenas como resistência à opressão, mas também como espaço poético, ato de cuidado, gesto íntimo ou horizonte partilhado”, anuncia a organização da exposição.
Os trabalhos expostos usam diferentes linguagens — instalação, fotografia, performance, vídeo e poesia — e abordam assuntos como migração, pertença, memória, silêncio, voz e o direito de existir. A exposição integra o programa Territórios, Resistência, Liberdade do The Cera Project e é apoiada pela Viarco e pela Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.
O público pode visitar “…e o perú fugiu” de quinta-feira a domingo, entre as 12h e as 18h. A exposição encerra entre 14 e 18 de maio e, a partir de junho, o horário passa a ser das 14h às 20h.
Em paralelo com a mostra, estão previstas atividades como visitas guiadas, um workshop criativo para famílias com o artista e poeta Rui Dias Monteiro, uma atuação sonora de Francisca Rocha Gonçalves e sessões da performance “Entre o céu e a terra”, com direção e interpretação de Mónica Calle e coautoria de Inês Vaz, Mafalda Jara e Mónica Garnel.