
A Blue Screen IT Solutions, empresa tecnológica portuguesa especializada em soluções de software empresarial, assinala este mês 25 anos de atividade com um marco simbólico: mais de 2 milhões de euros em exportações registadas em 2024. Para 2025, a empresa projeta um crescimento de 20%, assente numa estratégia que alia inovação tecnológica à expansão internacional sustentada.
Fundada em 1999, a Blue Screen acumulou 12 milhões de euros em vendas internacionais entre 2012 e 2024, consolidando uma trajetória de expansão que tem privilegiado os mercados europeus, mas que agora aponta também ao Médio Oriente, onde estão a ser realizados estudos de mercado para avaliar oportunidades de crescimento orgânico.
“Apostamos na criação de valor local, mantendo em Portugal o conhecimento, a formação e os salários, enquanto comercializamos internacionalmente soluções com propriedade intelectual própria”, sublinha Frederico Faria de Oliveira, Managing Founder da empresa.
A Blue Screen opera com uma abordagem mista de serviços e produtos, destacando-se pela forte especialização em Legal Tech e pela adoção de tecnologias low-code, com destaque para a parceria estratégica com a OutSystems, através da qual é reconhecida como Delivery Partner e ISV/MSP.
Dois produtos-chave sustentam a estratégia de crescimento: o LMS – Legal Management System e o XPressBSS – Customized Resource Planner. Ambos foram desenvolvidos com base na tecnologia OutSystems e refletem a ambição da empresa em escalar soluções SaaS personalizáveis com forte potencial de internacionalização.
O LMS é uma plataforma concebida para automatizar e centralizar a gestão de processos legais, com especial enfoque em contencioso e recuperação de dívida. Com integração a parceiros externos como escritórios de advogados, a solução é já utilizada por bancos, seguradoras e administradores de insolvência.
Já o XPressBSS posiciona-se como uma solução de gestão empresarial modular, com funcionalidades ERP e EDI ajustadas a diferentes setores, incluindo serviços, logística e leilões. Focada na mobilidade e simplicidade de uso, a plataforma permite acelerar a transformação digital em organizações de várias dimensões e geografias.
Rentabilidade sólida e visão de longo prazo
A maturidade da Blue Screen traduz-se também na robustez dos seus indicadores financeiros. Entre 2012 e 2024, o crescimento médio anual (CAGR) da empresa situou-se nos 20% nas vendas e serviços prestados, com aumentos proporcionais nos gastos com pessoal, sinalizando tanto a expansão da equipa como a valorização do talento interno.
O resultado operacional cresceu, em média, 32% ao ano, enquanto o resultado líquido avançou 36% anualmente no mesmo período, refletindo ganhos sustentados em eficiência e rentabilidade.
“Dividimos a nossa história em duas fases: uma primeira focada no serviço personalizado e uma segunda, nos últimos 13 anos, dedicada ao desenvolvimento de soluções escaláveis para um número crescente de clientes de maior dimensão”, refere Frederico Faria de Oliveira.
Para o futuro, a tecnológica ambiciona reforçar a sua posição no segmento do software legal empresarial e ampliar a sua base de clientes SaaS, com um foco claro na atração de grandes grupos económicos e multinacionais. A inovação e a excelência técnica permanecem no centro da sua proposta de valor, bem como a capacidade de escalar sem perder o foco na personalização e agilidade.
A Blue Screen posiciona-se, assim, como um exemplo da nova geração de empresas tecnológicas portuguesas que combinam visão global, engenharia local e soluções proprietárias para competir nos mercados mais exigentes do mundo. Ao celebrar um quarto de século, fá-lo não apenas com um passado consolidado, mas com uma ambição renovada.