
O Festival Internacional de Órgão de Évora (FIOE) prossegue o seu Ciclo de Concertos 2024-2025 com a décima primeira apresentação, marcada para o próximo sábado, 11 de maio, às 18h00, na Igreja de São Francisco. A entrada é livre.
O concerto reúne o organista Sérgio Silva, o violinista Nuno Mendes e a cantora Mariana Moldão, num programa que propõe uma viagem intensa e comovente pelo repertório sacro e instrumental do período barroco, cruzando as sonoridades do alto Barroco italiano com as profundidades do Barroco tardio alemão.
Com uma formação instrumental de grande riqueza — órgão, violino e voz — o concerto será estruturado em três momentos distintos: obras para canto, violino e órgão; peças para órgão e violino; e composições para órgão solo. Desta forma, os intérpretes darão vida a um repertório diverso e dinâmico, em que o órgão se assume simultaneamente como solista e instrumento de acompanhamento, numa demonstração viva da prática do basso continuo, essencial ao espírito barroco.
O programa contempla obras de compositores centrais do período como Giacomo Carissimi, Giovanni Paolo Cima, Girolamo Frescobaldi, Georg Philipp Telemann, Dietrich Buxtehude e Heinrich Ignaz Franz von Biber. Entre os destaques, encontram-se a Cantata Erwachet, entreißt euch den sündlichen Träumen, de Telemann, e a primeira das célebres Sonatas do Rosário, de Biber.
Este concerto integra-se num ciclo mais vasto que conta, até julho de 2025, com quinze atuações em três espaços emblemáticos da cidade — as igrejas de São Francisco, do Espírito Santo e a Sé de Évora — envolvendo músicos de renome nacional e internacional. A iniciativa é promovida pela Igreja de São Francisco em colaboração com o Cabido da Sé e o Seminário Maior de Évora, e tem vindo a afirmar-se como o grande festival de música sacra e erudita a sul do Tejo.
O FIOE representa também o culminar de um trabalho de recuperação e valorização de sete órgãos históricos da cidade, que, nas palavras do diretor artístico Rafael dos Reis, “almeja aproximar o público deste valioso património musical e cultural, abrindo portas a uma vivência mais profunda e acessível da música antiga”.
Com concertos de entrada livre, atividades paralelas como conferências, visitas guiadas, masterclasses e oficinas pedagógicas, o FIOE assume-se como um festival em permanência, contribuindo decisivamente para o panorama artístico da cidade de Évora e para a valorização do património organístico nacional.