
O ultramaratonista em ciclismo, Tiago Cação, inicia na próxima segunda-feira, dia 2 de junho, pelas 9h00, o Projecto 278, uma volta a Portugal em bicicleta de 6.000 quilómetros que terminará em Lisboa no final do mês, depois de passar por todos os 278 Municípios de Portugal continental.
No distrito de Coimbra, Tiago Cação vai passar por Mira, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho e Cantanhede no dia 5. Dia 7, o trajeto leva-o a Penacova, Vila Nova de Poiares, Coimbra, Condeixa e Soure. Penela, Miranda do Corvo e Lousã são as localidades visitadas dia 8. E no dia 21, Tiago Cação irá passar pela Pampilhosa, Góis, Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua.
Em todos estes municípios, Tiago Cação irá entregar uma carta à autarquia a apelar à profunda redefinição da mobilidade urbana.
Antes, na manhã de dia 2, Tiago Cação irá entregar o primeiro manifesto à Vereadora da Câmara Municipal do Porto, Catarina Araújo, que tem o pelouro da Qualidade de Vida. Nesse momento simbólico, Tiago Cação terá a companhia do Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Cândido Barbosa, da Presidente da MUBI – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, Vera Diogo, e do CEO da Greenvolt Comunidades, José Queirós de Almeida.
Com a meta diária de percorrer cerca de 240 km ao longo do mês de junho, Tiago Cação tentará sensibilizar as Câmaras Municipais, antes das Eleições Autárquicas deste ano, para a necessidade da mudança de paradigma nas políticas urbanísticas e de mobilidade, priorizando a sustentabilidade, a saúde, a segurança e a qualidade de vida das populações.
Os centros urbanos são atualmente responsáveis por 70 por cento das emissões de gases com efeito de estufa e o transporte rodoviário é identificado como a principal causa da poluição do ar nas cidades. Com o Projecto 278, Tiago Cação visa defender uma mobilidade mais ativa, sugerindo a inclusão da bicicleta no topo da pirâmide da mobilidade, propondo os passos prioritários para alcançar esse objetivo.
O Projecto 278 tem ainda um forte eixo de promoção turística, pois na sua viagem Tiago Cação procurará demonstrar que Portugal é um destino de referência no cicloturismo e no turismo sustentável.
Durante toda a duração da iniciativa serão produzidos conteúdos audiovisuais para dar visibilidade à diversidade paisagística, patrimonial e cultural do nosso país, quer nas zonas urbanas como nas zonas rurais, com menos densidade populacional.
O Projecto 278 será ainda acompanhado pelo multipremiado realizador belga Ryan Le Garrec, conhecido pelas suas obras sobre ciclismo e ultramaratonismo, e que fará um documentário sobre a iniciativa.
O Projecto 278 conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e com o apoio institucional da Associação Nacional de Municípios, da Federação Portuguesa de Ciclismo, da MUBI, do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, do ICFN – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da ABIMOTA.
A Greenvolt Comunidades e a Sociedade Ponto Verde são os patrocinadores. A iniciativa conta ainda com parcerias com a Bikezone, Decathlon, Geonatlife, Sponser Sport Foods, Catlike, Biolectra Magnesium e Panvitol da Azevedos e da Topcycling.pt.
Nasceu em Montemor-o-Velho em 1983. É formado em Turismo, tendo frequentado o curso de Marketing no I.S.C.A. Trabalha na indústria musical e por paixão é fotógrafo, produtor e escritor de viagens. Produziu e realizou o documentário Horizontes, atualmente disponível na RTP PLAY.
É atleta ultramaratonista em ciclismo, tendo disputado o campeonato do mundo Biking Man em 2019 e 2021, terminando em 29.º e 12.º lugar, respetivamente. Qualificou-se para a Race Across América, a prova mais difícil do mundo, e é o único português a conseguir fazer as nove ilhas dos Açores em nove dias consecutivos.
Dedica-se frequentemente a causas sociais. Em abril de 2020, realizou uma volta solidária a Portugal. Percorreu 2.000 km em sete dias e angariou duas toneladas de alimentos para a União Audiovisual. Também em outubro de 2020, com o apoio da Rádio Comercial, fez a estrada Nacional 2 em 27 horas, tendo angariado mais de 8 mil euros através de crowdfunding, valor que foi convertido em ajuda alimentar para profissionais do setor da cultura em dificuldades financeiras devido à pandemia.