A Câmara Municipal de Setúbal reforçou esta quinta-feira o seu compromisso com a valorização do património industrial local, ao assinar uma nova Declaração de Colaboração com a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL). O acordo visa consolidar o Turismo Industrial como pilar da estratégia turística do concelho, destacando a herança fabril como elemento diferenciador na experiência de quem visita Setúbal.

O momento simbólico da assinatura teve lugar no Museu do Trabalho Michel Giacometti, onde o vereador da Cultura, Pedro Pina, sublinhou que “Setúbal tem uma riqueza patrimonial que merece ser partilhada e valorizada”. A parceria surge no âmbito da Estratégia Turismo 2027, visando dinamizar, qualificar e promover este segmento de forma sustentável e integrada.

“Turismo com Cultura é Turismo mais rico”, destacou Pedro Pina, reforçando que a presença do visitante em espaços como o Museu do Trabalho enriquece a memória coletiva e promove o conhecimento das origens industriais da região. O autarca reconheceu também o papel fundamental dos trabalhadores do museu, “em permanente renovação”, na preservação e atualização do espólio.

A presidente da ERT-RL, Carla Salsinha, elogiou a liderança do município, sublinhando que Setúbal “tem estado sempre na linha da frente dos desafios colocados ao setor”. A Declaração de Compromisso agora firmada prevê a implementação de boas práticas, participação em ações conjuntas de promoção e a disponibilização de conteúdos atualizados sobre a oferta turística industrial nos canais institucionais.

Entre os pontos mais relevantes do documento está ainda a designação de interlocutores locais, para garantir o acompanhamento direto das ações no terreno, numa articulação com o Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial — estrutura informal que tem agregado municípios e entidades públicas e privadas em torno deste nicho turístico emergente.

A iniciativa insere-se na estratégia do município em diversificar a sua oferta turística, ligando património, cultura e identidade industrial. Num território conhecido pelas suas praias, natureza e gastronomia, o turismo ligado à história laboral e fabril surge como uma nova frente de valorização da memória coletiva e de atratividade económica.