Rui Moreira, atual presidente da Câmara Municipal do Porto, mantém o país em ‘suspense’ quanto ao seu futuro político. Aos 68 anos, o autarca resiste à crescente pressão para clarificar se será ou não candidato às eleições presidenciais marcadas para o início de 2026. A decisão, segundo apurou o Diário do Distrito, só será anunciada em setembro, numa altura em que nomes como Henrique Gouveia e Melo, António José Seguro, Luís Marques Mendes, António Filipe e Joana Amaral Dias já circulam como possíveis adversários.

Até ao anúncio, Rui Moreira recusa alinhar no jogo de especulações, reforçando a sua conhecida máxima de que “as eleições não são uma maratona, mas uma corrida de 100 metros”. No entanto, nem o ambiente político, nem a pressão mediática abalam a agenda do autarca portuense, que soma agora mais um marco no seu percurso público.

Esta quarta-feira, dia 23, pelas 17h30, Rui Moreira será distinguido com o grau de Cavaleiro da Legião de Honra, a mais elevada condecoração da República Francesa, numa cerimónia na embaixada de França em Lisboa. A distinção será entregue pela embaixadora francesa, Hélène Farnaud-Defromont, que destaca o “compromisso excecional” de Rui Moreira na promoção da cooperação entre França e Portugal e no reforço do diálogo europeu.

Entre as razões apontadas para a homenagem, está o contributo do autarca para o sucesso da visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, ao Porto, a 28 de fevereiro deste ano, evento visto como emblemático na aproximação bilateral. O reconhecimento por parte de Paris surge num momento em que Rui Moreira equilibra os desafios municipais com a crescente especulação nacional sobre o seu papel no futuro político do país.

A poucos meses do início do processo eleitoral, a posição de Rui Moreira continua envolta em mistério. Enquanto isso, a cidade do Porto e a opinião pública aguardam uma resposta definitiva, ao mesmo tempo que o autarca reforça o seu prestígio além-fronteiras.