Depois de anunciada a saída de Pedro Russiano do comando técnico do Lusitano de Évora, o clube anunciou que o próximo timoneiro seria Ricardo Pessoa.

O técnico, natural de Vendas Novas, de 43 anos, foi apresentado esta quinta-feira, em conferência de imprensa no Campo Estrela.

Sem clube desde o final da temporada passada, Ricardo Pessoa vai para a terceira aventura enquanto treinador principal. A primeira foi com o Lusitânia dos Açores, onde esteve duas temporadas, antes de rumar ao Portimonense, em 2024.

Nos algarvios, o técnico conseguiu a manutenção na segunda liga, onde orientou a equipa em 33 partidas, alcançando um 15º lugar.

Em declarações aos jornalistas, o novo timoneiro do clube destacou que pretende «dar continuidade àquilo que tem sido feito, e bem feito», não querendo «quebrar com nada».

«Não podemos não falar daquilo que foi a época do Lusitano, porque isso vai estar sempre na memória de todos. É normal que isso seja falar e isso acarreta uma responsabilidade ainda maior», acrescentou.

Ricardo Pessoa vincou que «foi muito fácil chegar a um entendimento» com o Lusitano, uma vez que «percebi o entusiasmo e a vontade do presidente».

«Foi a vontade comum, tanto do presidente como como minha, que não olhei para outra hipótese», referiu o mister, confessando ainda que esta «era a vontade da minha família também».

A um par de quilómetros de “casa”, Ricardo Pessoa enfatizou que «estou em casa» e que «por isso a honra ainda é maior»: «O meu propósito é fazer crescer ainda mais o Lusitano».

Em relação ao plantel, o técnico destacou que já conhece alguns desde que treinou no Campeonato de Portugal, até porque «joguei contra eles», e acredita que os jogadores «têm capacidade para defender» o emblema.

Ainda assim, não descurou uma ida ao mercado para «trazer mais algumas soluções». Contudo, «neste momento, o importante é começar a trabalhar e estar perto dos jogadores».

Relativamente à estrutura tática, Ricardo Pessoa realçou que não vai «fugir muito àquilo que o Lusitano tem vindo a jogar», mas vincou que vai tentar impor as suas «ideias» ao longo da pré-época.

«Acima de tudo, quero um Lusitano que honre a história e, para honrar a história, temos de ter uma equipa que não pode ter medo de jogar em qualquer campo», complementou o treinador, dizendo ainda que quer uma equipa que «lute sempre pelos três pontos, que seja agressiva, que não tenha medo de jogar, que seja ofensiva e que seja alegre».

Deixou também uma palavra aos adeptos, que espera que sejam o “12º jogador”, «principalmente em casa, que tem de ser uma fortaleza»: «Quem vem aqui, tem de sentir que que não é fácil sair daqui com pontos».

Pedro Caldeira, presidente do clube, referiu que acredita que Ricardo Pessoa «é um treinador com um perfil que o Lusitano precisa neste momento».

«É alguém que está habituado com divisões superiores e isso traz-nos uma experiência que, nós enquanto clube, não tínhamos», atirou, dizendo ainda que «contamos com o mister para nos guiar aqui neste nesta nova aventura».

O líder lusitanista afirmou também que «fizemos uma época fantástica, com muito mais vitórias, com muito poucas derrotas, mas que agora a realidade é outra» e isso «não significa falta de ambição».

«Significa que estamos atentos e isso faz-nos preparar melhor», acrescentou, atirando ainda que «tivemos essa consciência há três anos e isso está agora em cima da mesa».