© Mónica Batista

António Bexiga, músico e compositor alentejano, apresenta UÁDI, o mais recente single do seu projeto a solo RAIA — uma peça musical profundamente enraizada no território e no tempo, onde a tradição se funde com a urgência contemporânea.

Inspirado pelo som da chuva no Alentejo, UÁDI evoca a força silenciosa da natureza e a fragilidade dos seus ciclos. A palavra que lhe dá nome — de origem árabe, usada para designar os rios sazonais do sul — transforma-se aqui em símbolo e alerta: a terra pode renascer, mas não sem cuidado. Em tempos de alterações climáticas e incerteza hídrica, este é um convite à escuta atenta do que está a mudar.

Gravado com viola campaniça, loops, percussão e objetos sonoros, o tema foi produzido no Canoa’s Studio, em Torres Vedras, com mistura e masterização de Nélson Canoa. O videoclipe, realizado por Cristina Viana, traduz visualmente essa mesma ideia de renascimento: RAIA, figura solitária e telúrica, funde-se com a paisagem, tornando-se floresta, numa narrativa onde o humano se reencontra com a natureza.

Com uma linguagem musical entre a raiz e a vanguarda, RAIA tem vindo a reinventar o papel dos cordofones tradicionais portugueses. UÁDI antecipa o novo álbum, com lançamento previsto para setembro de 2025, pela Lusitanian Music. O disco contará com colaborações de Omiri, Bicho Carpinteiro, Fio Manta, O Gajo, Thomas Attar Bellier e Gulami, e promete cruzar tradição, eletrónica e inteligência artificial.

RAIA continua, assim, a traçar um percurso único onde o som da terra se transforma em manifesto poético — um território sonoro que nos lembra que ainda é possível renascer.

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