A Polícia de Segurança Pública (PSP) alerta para o aumento dos casos de crimes de burla que se reveste, cada vez mais, de uma maior diversidade de tipologias criminais.

“O crime de burla é um ilícito criminal com crescente expressão, o que se tem vindo a comprovar frequentemente pela elevada quantidade diária de ocorrências participadas”, revela a PSP. “Por consequência da evolução digital, os métodos utilizados não são facilmente detetáveis e caracterizam-se por uma progressiva sofisticação e perigosidade, com intenção de obter enriquecimento ilegítimo para quem os pratica ou para terceiros, gerando prejuízos financeiros significativos”, acrescenta.

“No universo de fraudes informáticas, as burlas em plataformas de alojamento online tornaram-se um problema crescente, cujo esquema fraudulento, induz as vítimas a pagar antecipadamente por imóveis inexistentes ou já ocupados, acreditando estar a garantir uma reserva legítima”, sublinha a PSP.

“Estes esquemas ocorrem frequentemente através de anúncios online e classificados de jornais, oferecendo acomodações atrativas, a preços também eles atrativos, muitas vezes com imagens e endereços reais”, refere. “Os burlões estabelecem contacto por e-mail ou telefone, negociam o pagamento e instruem as vítimas a transferir dinheiro, seja via transferência bancária, cheque ou envio de numerário”. “No final, a vítima perde o montante enviado e nunca tem acesso ao imóvel prometido”, conclui.

Nos últimos três anos, a PSP registou 4.267 crimes de burla por falso arrendamento de bens imóveis. É possível observar uma ligeira subida no número de ocorrências participadas de 2022 para 2023, (+328). Já no ano de 2024, constata-se que o número de ocorrências é superior ao ano de 2022, contudo, ligeiramente inferior ao ano anterior, de 2023, com um total de 1.511 ocorrências participadas (-31).