Em comunicado nas redes sociais, o PSD Gouveia esclarece: “A mudança da localização das Festas do Senhor do Calvário é, naturalmente, um tema relevante e que deve ser discutido de forma transparente e pública. As Festas do Senhor do Calvário são, tal como muitos outros certames que se realizam ao longo do ano no concelho, [...]

Em comunicado nas redes sociais, o PSD Gouveia esclarece:
“A mudança da localização das Festas do Senhor do Calvário é, naturalmente, um tema relevante e que deve ser discutido de forma transparente e pública. As Festas do Senhor do Calvário são, tal como muitos outros certames que se realizam ao longo do ano no concelho, uma expressão importante da nossa identidade coletiva e das tradições que preservamos com orgulho.
Esta mudança tem origem numa questão muito objetiva: não existem atualmente condições legais para utilizar o Largo do Município como recinto principal das festas. O espaço está sujeito a um processo judicial, que, se ignorado, poderia comprometer a realização do evento — e expor o Município a consequências legais e financeiras graves.A alternativa proposta, no Parque da ex-Bellino & Bellino, é a única zona da cidade que permite, em contiguidade, integrar área de espetáculos, área comercial, área de exposição e área de restauração. Isso evita que as Festas fiquem espartilhadas, o que, a acontecer, teria como consequência o esvaziamento das zonas comerciais e associativas sempre que decorressem os concertos principais. Trata-se, por isso, de uma solução funcional, coerente e equilibrada.Face a isto, o PS Gouveia emitiu um comunicado sobre a alteração da localização das Festas do Senhor do Calvário – num exemplo claro de como, por vezes, o apelo ao protagonismo político se sobrepõe à serenidade e ao sentido de responsabilidade que o momento exige.Espanta-nos que só agora, depois de o debate se tornar público, tenham descoberto um problema que já conheciam – e para o qual nada propuseram quando tiveram oportunidade. Foram informados em reunião de Câmara, a 16 de junho, logo após os vereadores permanentes e os técnicos que apoiaram o Presidente na decisão, sobre o novo modelo de configuração das Festas do Senhor do Calvário. Na altura? Silêncio. Nem indignação, nem protestos, nem alternativas.Talvez a Concelhia do PS não fale com os seus vereadores. Ou talvez a estratégia passe por dizer agora o que não tiveram coragem de dizer na altura – depois de testadas algumas (não todas) reações populares. No dia da apresentação pública das Festas também não se fizeram representar, apesar da presença de autarcas do Partido Socialista, não tendo apresentado qualquer questão que, com certeza, o executivo teria todo o gosto em responder.O Município fez o que devia: reuniu com o pároco, com o Rancho Folclórico de Gouveia, com o Clube “Serra à Fundo” (parceiro na organização) e com os vendedores ambulantes que todos os anos participam nas festas. Reuniu com os comerciantes da Av. 25 de Abril e da Rua 5 de Outubro, propondo uma solução – a de terem um espaço na festa. O Município manteve o diálogo com todos neste processo de tomada de uma decisão difícil, mas responsável, e com todos se está a tentar encontrar uma solução que em nada os prejudiqueComo se não bastasse a irresponsabilidade de divulgar informações falsas, o PS Gouveia ainda questiona a decisão de não usar um espaço em litígio judicial – incorrendo no risco de uma providência cautelar a poucos dias das festas, o que poderia impedir a sua realização ou agravar uma eventual indemnização. É esse o risco que querem correr?Falam em “ponderar alternativas”, mas não apresentam nenhuma que se sustente. Recorrem, mais uma vez, ao Anfiteatro da Cerca – espaço tecnicamente inviável para um evento desta dimensão. É populismo disfarçado de saudade.Sabemos que alterar um modelo com duas décadas de história não é fácil – como também não o foram outras mudanças no passado, que o tempo se encarregou de validar. Mais difícil, porém, seria arriscar a anulação deste evento por teimosia ou eleitoralismo.Se o PS não tem soluções, ao menos que não atrapalhe quem trabalha para encontrá-las.Perante uma questão como a que se coloca este ano, cabe aos responsáveis políticos escolher: ou estão do lado da solução ou do lado do problema.Estar do lado da solução não exclui o escrutínio nem a exigência. Por isso mesmo, ao longo deste processo, temos feito chegar ao executivo municipal diversas questões – desde aspetos organizativos até preocupações com a segurança – e todas elas têm merecido resposta.
Tem sido com diálogo, transparência e sentido de responsabilidade que temos escutado os gouveenses – e é com esses mesmos princípios que continuaremos a construir soluções.”