Com a mobilidade urbana e a missão de tornar as cidades mais habitáveis, o EasyPark Group realizou um estudo em 12 países europeus para detetar padrões e diferenças nas tendências do tempo e preço de estacionamento.

Em muitas cidades europeias, os condutores estão, atualmente, a estacionar por mais tempo. À medida que as cidades evoluem e os padrões de viagem se vão modificando, a procura por locais de estacionamento nas cidades também aumenta.

Comparando dados de 2023 e 2024, o EasyPark Group detetou que o país onde é mais barato estacionar é Portugal, com uma média de 0,9€ por hora, seguindo-se Espanha e Itália com 1,5€/hora.

Os Países Baixos, a Noruega e a Alemanha encabeçam a lista de países mais caros para estacionar por hora, com 3€, 2.9€ de 2.7€ respetivamente. Países como França, Áustria ou Noruega mantêm-se a meio da tabela.

As diferenças nos preços de estacionamento não apenas demonstram as diferenças nas condições económicas locais, como também ilustra como as estratégias de preço podem estar condicionadas por fatores como as infraestruturas, a procura e as prioridades das próprias cidades. Tal demonstra a necessidade de adaptar as políticas de estacionamento às condições e ecossistema locais, ao invés da ideia de que uma medida é igual para todos os países e cidades.

“Estas alterações nos preços do estacionamento são influenciadas por um conjunto de fatores, incluindo o número de lugares disponíveis, decisões políticas, investimentos em infraestrutura, ou estratégias mais alargadas de mobilidade urbana. À medida que as cidades se vão adaptando às mudanças nos comportamentos e procura, preço e o lugares disponíveis continuam a ser fatores chave para equilibrar o acesso e disponibilidade”, afirma Jennifer Amador Tavares de Sousa, Diretora para Portugal da Arrive.

O estudo conduzido pelo EasyPark Group destaca também alterações nos tempos médios de estacionamento por sessão em diversas cidades europeias. Em Paris, por exemplo, a duração média por veículo aumentou quase 12% nos últimos anos.

Estocolmo e Oslo também apresentam aumentos significativos, com 10% e 9% cada uma. Estes aumentos sugerem uma pressão crescente nos meios urbanos, por si só já bastante congestionados, onde sessões de estacionamento mais longas levam à diminuição da rotação dos lugares e limita o acesso ao estacionamento a outros condutores.

No que diz respeito a Portugal, e ainda que os dados não sejam tão elevados como noutros países, a cidade de Lisboa regista um aumento de 1% no tempo médio de estacionamento por sessão. Por outro lado, nem todas as cidades apresentam valores correspondentes a aumentos. A cidade de Berlim, por exemplo, apresenta um registo de menos 15% de tempo médio por sessão de estacionamento, seguido de Madrid, em Espanha, com menos 5%, o que pode significar uma mudança face a uma utilização mais eficiente do estacionamento, ou até mudanças na forma como as pessoas viajam e se deslocam nos grandes centros urbanos.

“Quando a média de duração dos estacionamentos aumenta aponta, normalmente, para um desequilíbrio de oferta e procura. As cidades podem ter que responder com a criação de maiores infraestruturas de estacionamento, como sejam mais locais de estacionamento, ou adoptando estratégias de preçários mais inteligentes. O que resulta numa cidade pode não resultar noutra, mesmo dentro do mesmo país. Com a EasyPark Insights cada cidade pode desenvolver estratégias personalizadas, baseadas em dados”, refere Jennifer Amador Tavares de Sousa.