Teresa Pouzada, diretora não executiva da ADRITEM - Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Sta. Maria, participou no painel “A Importância dos Comités de Mulheres e Jovens como Estratégia de Promoção da Diversidade e Sucessão”, na Cimeira de Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa, em Brasília (Brasil).

Durante as suas intervenções no painel, a diretora destacou a importância dos jovens e das mulheres para a melhor gestão das organizações e para assegurar que a inovação chega às cooperativas.

MULHERES E JOVENS NAS LIDERANÇAS. “Nas lideranças vê-se uma percentagem muito pequena de mulheres. Não por falta de competência, mas muito pela responsabilidade familiar. As mulheres são frequentemente recriminadas quando não assumem essas tarefas. No trabalho, as mulheres têm também menor rotatividade e menos ambições de novas oportunidades. Vemos cooperativas com dirigentes apenas do sexo masculino. Também é necessário atrair mais jovens, senão as cooperativas podem estar condenadas. Se não atrairmos a juventude, que trazem consigo a inovação, podemos perdê-la. As organizações que têm estas minorias representadas deveriam ser premiadas.”

EMPRESAS FAMILIARES. “Cerca de 76% dos negócios têm mais sucesso quando jovens da família se integram nas empresas familiares, o que reflete o poder da união de duas gerações: alia a experiência com as novas ideias e a inovação que os jovens aportam.”

SUGESTÃO A DIRIGENTES. “As lideranças devem perceber que podem ter mais sucesso se incluírem jovens, que trazem inovação, e mulheres, que trazem perspetivas diferentes, nas suas equipas.”

O projeto “Madrilusa”, que resulta da parceria estabelecida entre ADRITEM, ADRACES, CORANE e a Federação Minha Terra, reflete estas ideias.

Trata-se de uma iniciativa que promove a “integração de jovens imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Portugal, com foco na capacitação, cultura e empregabilidade”, escreve a ADRITEM, no seu site. Através de programas de formação, apoio à inserção no mercado de trabalho e criação de redes de acolhimento, o projeto visa fortalecer competências sócio-emocionais e sociocognitivas.