Um crime brutal abalou a cidade de Setúbal na noite desta segunda-feira, quando um homem esfaqueou até à morte a sua ex-companheira, nas imediações do Mercado do Livramento. O agressor, um jovem entre os 25 e os 30 anos, entregou-se voluntariamente na esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Setúbal logo após o crime.

A tragédia ocorreu por volta das 20h20, no local de trabalho do suspeito, onde a vítima, também na mesma faixa etária, foi atacada recorrendo a uma arma branca. A mulher foi encontrada no chão, com múltiplos ferimentos graves, provocados por golpes de faca. A morte foi confirmada no local pelos meios de socorro, que ainda foram acionados.

Após cometer o homicídio, o suspeito dirigiu-se à esquadra da PSP da cidade e confessou o crime às autoridades, segundo confirmou fonte oficial ao Notícias ao Minuto. A Polícia de Segurança Pública procedeu de imediato à detenção do indivíduo e entregou o caso à Polícia Judiciária (PJ), que está agora a conduzir a investigação criminal.

A vítima e o agressor tinham uma relação anterior, cuja natureza e motivos do fim continuam por apurar pelas autoridades. A PJ irá agora recolher depoimentos, evidências e avaliar a possível existência de antecedentes de violência doméstica.

A cena do crime, localizada numa das zonas mais movimentadas da cidade, chocou comerciantes e transeuntes que se encontravam nas redondezas do emblemático mercado. O local foi isolado pelas forças de segurança e periciado pelos técnicos da PJ durante várias horas.

Este homicídio volta a colocar a violência doméstica e de género no centro do debate público, num distrito onde casos deste tipo continuam a surgir com preocupante frequência. As autoridades apelam à denúncia precoce de comportamentos abusivos e sublinham a importância de programas de prevenção.

O corpo da vítima foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Setúbal para realização da autópsia, enquanto o suspeito aguarda agora decisão judicial, devendo ser presente a primeiro interrogatório nas próximas horas.

O caso é tratado como homicídio qualificado, crime que, à luz da lei portuguesa, pode ser punido com pena de prisão até 25 anos.