A FORAVE olha para as Provas de Aptidão Profissional (PAP) como mais do que um exercício final: «são uma prova de competência, visão crítica e capacidade de resposta às exigências reais do mercado. Com projetos que cruzam tecnologia, inovação e impacto social, os alunos demonstraram estar preparados para contribuir ativamente para o desenvolvimento das organizações e da economia, com uma formação técnica de excelência e uma postura profissional exemplar».

Em nota à imprensa, a FORAVE faz uma referência aos projetos apresentados nos diferentes cursos. Por exemplo, na Mecatrónica: os alunos desenvolveram soluções tecnológicas com forte aplicação industrial, desde sistemas inteligentes de semáforos, elevadores automatizados e armazéns automáticos até sistemas de deteção de fugas e paletização. Na área da Gestão, abordaram temas como a literacia financeira, a ergonomia nas organizações, o bem-estar no trabalho, a inclusão de imigrantes e o empreendedorismo e o Lean Coaching. Já na Manutenção Industrial, os projetos focaram-se na modernização de equipamentos e melhoria das condições de trabalho, com destaque para o retrofitting de prensas, zonas de maquinação e áreas de soldadura, a construção de kits didáticos e a aplicação de metodologias de organização como os 5S. Os alunos do curso de Eletrónica, Automação e Comando apostaram em soluções para a Indústria 4.0, com projetos como sistemas de supervisão remota, simulações industriais em ambientes virtuais e paletização automatizada. A Transformação de Polímeros, outro dos cursos da FORAVE, apresentou manuais operacionais para máquinas de injeção a soluções hidráulicas como mesas elevatórias.

As apresentações contaram com a participação de júris, compostos por profissionais das áreas técnicas e empresariais, provenientes de empresas como a Continental, Continental, Growskills, WEG, Muroplás, CS Plastic, Fluidráulica, e de associações e institutos, como a AEBA (Associação Empresarial do Baixo Ave) e o IEP (Instituto Electrotécnico Português). João Novais, da Continental, afirmou que «quem nos dera que alguns engenheiros, quando chegam ao mercado de trabalho, tivessem o conhecimento que alguns destes técnicos da FORAVE já têm. Muitos parabéns à FORAVE». Opinião partilhada por Romeu Pinto, da Muroplás, que destacou a maturidade e o entusiasmo dos finalistas: «os alunos demonstram que têm uma capacidade prática e técnica já bastante evoluída. Tanto na escola como na empresa, os alunos têm de acrescentar valor, e a FORAVE tem um papel muito importante aqui na região, porque acrescenta valor. Os alunos têm um gosto pelo trabalho e uma paixão pela área em que irão trabalhar».

Em conclusão, Pedro Castro dirigiu uma mensagem inspiradora aos alunos: «as capacidades técnicas adquirem-se na escola; já as capacidades humanas e a capacidade de liderar um projeto com paixão vêm de casa, e vêm de casas amplas: das vossas famílias, dos vossos pais e desta casa que é a FORAVE, onde crescem todos os dias. A FORAVE é uma casa excecional. Vocês levam daqui uma preparação para o mundo que é verdadeiramente fora de série — do melhor que eu tenho visto».