A empreitada de reabilitação da Ala Poente do Convento de São Bento de Cástris, em Évora, vai avançar com um investimento de 2,5 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O concurso público para a execução da obra foi lançado pelo Instituto Público Património Cultural, entidade responsável pelo imóvel classificado como Monumento Nacional desde 1922.

O projeto visa a recuperação integral dos compartimentos da ala poente, distribuídos por quatro pisos, com uma área total de intervenção de 2.478,78 metros quadrados. Está prevista a adaptação de espaços para sala de exposições, salas de formação, áreas multiusos, instalações sanitárias e balneários, lavandaria, gabinetes de trabalho e auditório na antiga biblioteca monástica.

Segundo o projeto, consultado pelo Jornal ODigital.pt, o edifício apresenta diversos sinais de degradação, com problemas de humidade, estruturas danificadas, instalações obsoletas e caixilharias em mau estado. A intervenção inclui reparações estruturais, substituição de tetos, renovação de pavimentos e caixilharias, instalação de novas redes de águas, esgotos e eletricidade, bem como a criação de condições de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.

A obra contempla ainda a construção de uma segunda fossa séptica na zona da cerca e será acompanhada por trabalhos arqueológicos, devido à presença de um antigo sistema hidráulico monástico. A empreitada terá um prazo de execução de 270 dias, e as propostas devem ser submetidas até 16 de julho de 2025.

O projeto insere-se num esforço mais amplo de valorização do património edificado e é financiado por fundos europeus. A intervenção será acompanhada por diálogo constante entre a entidade adjudicante, equipa de fiscalização e projetistas, dada a relevância patrimonial do imóvel.

O Convento de São Bento de Cástris localiza-se na União das Freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras, no concelho de Évora. O imóvel esteve anteriormente sob a alçada da Direção Regional de Cultura do Alentejo, sendo atualmente gerido pelo Património Cultural, I.P., na sequência da reorganização administrativa da tutela.