
O rio Tejo, e a Praia Doce, em Salvaterra de Magos, receberam na manhã desta terça-feira, 6 de maio, a sétima edição do Encontro de Canoagem, numa organização do CRIB – Centro de Recuperação Infantil de Benavente.
Num dia que é sempre desejado pelos utentes com necessidades especiais, reuniram-se na margem esquerda do Tejo, 160 utentes de oito instituições do distrito de Santarém, CRIC (Coruche), CEEONINHO (Rio Maior), APPACDM (Santarém), CIRE (Tomar), CRIO (Ourém), CERE (Entroncamento), CJPII (Fátima) e CRIT (Torres Novas) – bem como duas instituições do distrito de Lisboa – CERCIPÓVOA (Póvoa de Santa Iría) e CERCITEJO (Alverca).
O Clube Náutico de Salvaterra de Magos forneceu as canoas que permitiram que os utentes, acompanhados por um monitor, ou sozinhos, os com maior autonomia, desbravassem as águas do rio Tejo, num momento de liberdade e muita animação, num momento em que além do seu contexto terapêutico, teve também momentos de partilha e espírito de equipa, importantes para estes utentes com necessidades especiais.
Henrique Carlota, responsável pelo CRIB, e pela organização da atividade destaca o “enorme sucesso” da atividade, que por não poder ser praticada todos os dias leva a que os seus utentes a encarem como um dia especial.
“Estão um ano inteiro a perguntar quando é a atividade”, diz-nos, salientando que o facto de estarem com colegas de outras instituições, em contacto com a água, “é bastante positivo e desafiante para alguns”.
Os utentes do CRIB são uns desportistas natos, atualmente na instituição existe já uma equipa de andebol, uma de padel e outra de bocia, além da natação, que os utentes praticam três dias por semana. Dadas as limitações logísticas, a canoagem nem sempre é possível realizar com a regularidade desejada.
Carlota salienta que “o desporto é uma constante na nossa semana”, sendo praticado por “uma grande percentagem dos nossos utentes.”
Para estes utentes o desporto é muito importante, “primeiro por questões de saúde e combate ao sedentarismo”, pois “estas populações tendem a ser envelhecidas, mais sedentárias e então, na vertente de saúde é bastante importante”, e depois “a parte desportiva, recreativa, mas também de competição”, esta última muito impulsionada pelos seu ídolos que veem na televisão e querem alcançar os mesmos resultados.
Nos últimos anos, e “graças à comunicação social”, o desporto adaptado tem crescido, e alcançado resultados internacionais importantes. Henrique Carlota considera que o caminho está a ser positivo “mas ainda há muito para fazer”, concluiu.