
A Comissão de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha (RNLSAS) aprovou, no dia 11 de junho, o Plano de Cogestão da Área Protegida. A deliberação teve lugar após parecer favorável do Conselho Estratégico da RNLSAS, emitido a 9 de junho.
A Comissão de Cogestão é presidida pelo Município de Santiago do Cacém e integra ainda o Município de Sines, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., a Universidade de Évora, a ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, a ERT – Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a AdSA – Águas de Santo André, S.A., a CCDR Alentejo – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, I.P., e a CPADA – Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, através da AGROBIO.
O Plano de Cogestão estabelece a estratégia para a valorização e promoção do território abrangido pela RNLSAS, localizado nos concelhos de Santiago do Cacém e Sines, em particular nas freguesias de Santo André e Sines. O documento prevê medidas concretas de conservação da natureza, sensibilização das comunidades locais, reforço da comunicação com os diferentes intervenientes e utilizadores da área protegida, constituindo-se como um instrumento operacional de gestão.
O processo de elaboração do Plano iniciou-se em 2024 e envolveu uma metodologia participativa, incluindo inquéritos online, reuniões e sessões de trabalho com associações, organizações não-governamentais de ambiente, juntas de freguesia, autoridades locais e outras entidades regionais. A proposta inicial foi apresentada em setembro de 2024 e submetida a consulta pública entre janeiro e março deste ano. Durante esse período, foram realizadas três sessões públicas de esclarecimento, das quais resultou um Relatório de Ponderação e a reformulação do documento final.
A elaboração do Plano foi financiada pelo Fundo Ambiental. Segundo a Comissão de Cogestão, várias ações previstas no documento já foram iniciadas, com o contributo operacional e logístico das entidades envolvidas e de outros parceiros. Após a aprovação formal, será promovida a captação de fundos adicionais que garantam a implementação integral das medidas previstas, visando o desenvolvimento sustentável da área protegida.